Ao mesmo tempo, emissários do PT tentam acalmar petistas revoltados, como Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência, em São Paulo, Freud Godoy, ex-assessor de Lula, e Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA). Todos foram flagrados em escândalos, perderam os seus cargos e fazem ameaças veladas de envolver integrantes do governo nas operações irregulares.
A estratégia do Palácio do Planalto para conter o que o PT define como tentativa da oposição de "matar" Lula para atingir Dilma tem várias frentes. Uma delas é a defesa do legado lulista. A outra consiste em tirar projetos parados do papel e criar uma agenda para mostrar que o terceiro ano de governo é sempre melhor. A tática prevê, ainda, o apoio à criação de uma CPI para investigar a "privataria tucana", em 2013.
O objetivo declarado da CPI, ainda não aprovada, é vasculhar o processo de privatização de estatais no governo Fernando Henrique (1995-2002). Na prática, porém, o PT está dando o troco à ofensiva liderada pelo PSDB, DEM e PPS, que pedem investigação contra Lula na Procuradoria-Geral da República. A representação foi feita depois que Marcos Valério, operador do mensalão, disse ao Ministério Público, em depoimento divulgado pelo Estado, que o esquema da compra de votos parlamentares ajudou a bancar despesas de Lula. AE
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