Polícia indicia pai de Bernardo, madrasta e amiga por suicídio qualificado


Eles também foram indiciados por ocultação de cadáver

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A Polícia Civil divulgou na tarde desta terça-feira (13) o inquérito após mais de um mês de investigações sobre a morte do menino Bernardo Boldrini, 11 anos. O pai do garoto, o médico Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Além de ser responsabilizado como mentor do homicídio e ocultação de cadáver, o pai de Bernardo também auxiliou, segundo a polícia, na compra do remédio Midazolan, que foi injetado no garoto e que provocou a morte.

Leandro e Graciele arquitetaram o plano, de acordo com a polícia, assim como a história para que o crime ficasse impune.  A madrasta, também foi indiciada como mentora e executora do homicídio e ocultação de cadáver. Já a amiga da família foi indiciada como executora do delito de homicídio e ocultação de cadáver.

Segundo a Polícia Civil, Edelvânia recebeu dinheiro para colaborar com o crime, com ajuda para quitar as parcelas de seu apartamento. A polícia também afirmou que a motivação que desencadeou a ação criminosa foi a "desarmonia de relacionamento familiar estabelecida", ou seja, o fato de Bernardo "atrapalhar" a vida do casal Leandro e Graciele.

A investigação apontou ainda que o meio utilizado para cometer o homicídio foi a aplicação de uma injeção letal, sendo dito para Bernardo de que se tratava de um remédio "para se benzer". Já para convencer o menino a ir até Frederico Westphalen, onde o foi executado o crime, o casal teria dito que Graciele o levaria para comprar o aquário que tanto queria.

Sobre o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz - preso no último fim de semana -, a polícia continua investigando se houve participação dele na morte do menino. De acordo com uma testemunha, ele teria ajudado a cavar a cova onde Bernardo foi enterrado.

Como a polícia chegou aos responsáveis pelo crime
Segundo a delegada Cristiane de Moura e Silva, o que mais chamou a atenção de início foi a ida da madrasta a Frederico Westphalen. Em seu depoimento ela apresentou informações confusas, então a polícia focou a investigação na cidade. Imagens de câmeras de segurança mostraram a madrasta com o menino no carro e, depois, sozinha com a amiga. Sob posse dos vídeos, Edelvânia foi questionada se o garoto estava vivo e ela confirmou que não.

Os policiais então chegaram ao local onde o menino foi enterrado, após informações repassadas por Edelvânia. Dois dias antes da morte de Bernardo, a amiga afirmou que Graciele já tinha todo o plano arquitetado. Dois dias antes, as duas foram a uma loja e compraram uma pá e uma cavadeira. Outro produto comprado foi soda, para diluir rapidamente e sem cheiro o corpo de Bernardo.

Com as ferramentas no porta-malas, Graciele e Bernardo ingressaram no veículo de Edelvânia. O menino tomou um remédio oferecido pela madrasta com o motivo de não passar mal no caminho onde seria benzido e teria que levar uma picada em sua veia. Já com o menino desacordado, as mulheres tiraram a roupa de Bernardo e o colocaram na cova. Imagens da câmera de segurança mostram Edelvânia jogando sacolas de lixo em frente à sua residência. (com agências e rádio Gaúcha)
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