Airton Ortiz é o patrono da 60ª Feira do Livro

A Câmara Rio-Grandense do Livro anunciou nesta quarta-feira, 17, o escritor Airton Ortiz como patrono da 60º edição da Feira do Livro de Porto Alegre. O autor tem 59 anos, é jornalista, escritor e também fotógrafo. Com 16 livros publicados, já havia sido indicado nove vezes. Airton Ortiz também lançará nesta edição da feira seu 17º livro, “Paris”, uma coletânea de crônicas sobre a temporada em que morou na capital da França. A 60ª Feira do Livro será realizada de 31 de outubro a 16 de novembro na Praça da Alfândega. 


Além de Airton Ortiz, foram indicados Aldyr Schlee, Celso Gutfreind, Cíntia Moscovich e Maria Carpi. A escolha se deu pelo voto de empresas associadas à Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), patronos de feiras anteriores e ex-presidentes da entidade. Neste ano, a Câmara do Livro disponibilizou 100 urnas para a votação.


Patronos - A tradição de eleger um patrono para a Feira do Livro de Porto Alegre teve início na 11ª edição (1965), com o jornalista, escritor e político Alcides Maya. Entre 1965 e 1983, foram escolhidas 19 personalidades ligadas ao livro e à leitura com homenagens póstumas. O processo de escolha nos moldes atuais começou em 1984. Desde então, além de escritores gaúchos ou radicados no Estado em atividade, em duas edições também foram escolhidos personagens ligados à história da Feira.


Esse foi o caso do editor Maurício Rosenblatt, um dos idealizadores do evento literário, e o primeiro patrono homenageado em vida na 30ª edição. Na 40ª (1994), em um patronato múltiplo, foram escolhidos quatro livreiros: Nelson Boeck, Edgardo Xavier, Mario de Almeida Lima e Sétimo Luizelli.


Feira do Livro
 - A primeira edição ocorreu em 1955 e seu idealizador foi o jornalista Say Marques, diretor-secretário do extinto Diário de Notícias. Inspirado por uma feira que visitara na Cinelândia, no Rio de Janeiro, Marques convenceu livreiros e editores a participarem do evento. A ele juntaram-se profissionais do mundo editorial como Mário de Almeida Lima e Maurício Rosenblatt.


O objetivo dos fundadores era popularizar o livro e leitura, uma vez que as livrarias eram consideradas ambientes elitistas na época, quando a cidade contava com apenas 400 mil habitantes. Com o slogan “Se o povo não vem à livraria, vamos levar a livraria ao povo”, nascia na Praça da Alfândega, no centro histórico da capital gaúcha, a Feira do Livro de Porto Alegre. Na primeira edição, o evento contou com apenas com 14 barracas de madeira construídas pelos carpinteiros da Livraria do Globo.


Na segunda edição, começaram as sessões de autógrafos na Praça. Um dos incentivadores foi o escritor Erico Verissimo. Nos anos 1970, o evento assumiu o status de evento popular, com o início da programação cultural.

A partir dos anos 1980, começou a receber expositores de outros países, ponto de partida para a criação da Área Internacional. Na mesma década, os sebos de livros passaram a fazer parte da Feira. A partir dos 1990, com a criação das leis de incentivo à cultura e a conquista de grandes patrocinadores, o evento literário passou a modernizar a sua estrutura e a ampliar a programação cultural. Em 1995, foram criados espaços para novos leitores: crianças, jovens e adultos em fase de alfabetização. A iniciativa foi o embrião para a criação da Área Infantil e Juvenil da Feira do Livro em 2005. Nos anos 2000, a programação cultural foi estendida para os centros culturais situados no entorno da Praça da Alfândega. Em 2010, a Feira do Livro de Porto Alegre foi reconhecida como o primeiro Patrimônio Imaterial da cidade pela Secretaria Municipal da Cultura.


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