
Cultura democrática
Na pesquisa encomendada pela Assembléia Legislativa, os gaúchos revelam um alto índice de cultura democrática. A maioria (52,30%) respondeu que votaria, mesmo que o voto não fosse obrigatório, e 69,50% acham que "a democracia é sempre preferível à ditadura". Grande parte dos eleitores já ouviu falar das instâncias de participação popular no governo, mas participa pouco das suas atividades.Assembléia e ação popularMais da metade dos entrevistados (52,2%) avaliou que a Assembléia Legislativa vem cumprindo satisfatoriamente as suas funções e reconhece o Legislativo como um poder necessário (60,3%), embora alguns apontem a necessidade de uma maior fiscalização (22,5%). A maioria dos eleitores (51,9%) não lembra em quem votou para deputado estadual na última eleição. Entre os que lembram e cujo escolhido foi eleito, 45,5% se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com a sua atuação. A maioria dos entrevistados (56,7%) acredita que a Assembléia Legislativa está no rumo certo ao tentar planejar medidas de longo prazo para áreas como infra-estrutura, transporte e desenvolvimento que continuem valendo mesmo com a troca de governos, mas 95,2% dos consultados são incapazes de apontar de memória projetos importantes aprovados pelo Parlamento.
Confiança nas instituições
Entre as instituições apresentadas aos entrevistados, a maioria (76,7%) respondeu confiar muito na família. A Igreja vem em segundo lugar no grau de confiança manifestado pelos entrevistados (46,70%); as universidades, em terceiro (37,50%); a imprensa, em quarto (17,60%); e as associações de moradores em quinto (15,70%).Percepção do desenvolvimentoOs gaúchos se mostraram otimistas em relação ao futuro do País (53,80%), do Estado (54,60%) e da própria cidade (54,80%). A maioria dos entrevistados também percebe o Estado em desenvolvimento, se comparado com o restante do país: 25,50% acham que o Rio Grande do Sul está tendo um desenvolvimento maior do que os demais estados e 40,50% que tem um desenvolvimento igual ao restante do Brasil. As atividades tradicionais da economia ainda são percebidas como aquelas que merecem maior incentivo do governo. Para 24,7%, a principal vocação econômica do Estado é a agricultura, seguida pela indústria (9,5%) e pelo comércio (7%).
Avaliação dos serviços públicos
Ao avaliar os serviços prestados pelos governos federal, estadual e municipais, 49,50% dos entrevistados apontaram como ótimo/bom o fornecimento de energia elétrica. Para 45,5% a limpeza pública recebe a mesma classificação. Em seguida estão a iluminação pública (42,40%), o saneamento básico (34,80%), a pavimentação de vias urbanas (34,10%), a educação (33,0%), a habitação popular (27,70%) e a saúde (21,30%). Questionados sobre quais os dois principais problemas enfrentados pelo Rio Grande do Sul, os entrevistados apontaram em primeiro lugar a saúde (50,4%), seguida por insegurança/violência (40,8%), emprego (29,6%), educação (16,8%), corrupção (5,3%), conservação de vias (4,2%), miséria/fome (3,2%) e altos impostos (1,5%).Desafios do Rio Grande do Sul. Ao enumerar de 1 a 6 quais deveriam ser as prioridades do Estado, a maioria dos entrevistados (35,70%) apontou, em primeiro lugar, a melhoria na qualidade do atendimento à saúde. Em seguida, vieram o aumento da segurança e a diminuição da violência, a melhoria da qualidade da educação, das condições de habitação para a população de renda mais baixa, atração de novos investimentos para o Estado e melhoria das condições de infra-estrutura. Sobre a qualidade do ensino nas escolas (públicas) em que estudam os seus filhos, 69% consideram muito satisfatória ou satisfatória.
Situação financeira do Estado
Sobre a situação financeira do Estado, a maioria dos entrevistados (32,10%) respondeu que ela não está nem boa nem ruim. É muito boa para 2,50% dos entrevistados e boa, para 16,30%. Os governos estaduais, segundo 42% das pessoas consultadas, foram, de uma maneira geral, os principais responsáveis pela situação atual, já que não souberam cuidar bem de suas contas. Foto: AgAl
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