VALÉRIA REIS
Definitivamente o espetáculo de Philip Glass não é para amadores! É preciso ter um ouvido afinadíssimo, além de conhecer um pouco da complexidade do trabalho do autor e seu estilo minimalista. Theatro São Pedro lotado. No cenário, apenas o piano e a luz. Dez anos depois, Glass retorna a Porto Alegre, em apresentação com ingressos esgotadíssimos. Ele mostrou seu trabalho mais recente ' Estudos para Piano' e também peças de violino e piano. O músico estava acompanhado pelo violinista Tim Fain, que fez um solo de cerca de 40 minutos, levando ao delírio a plateia presente - com sua técnica apuradíssima. Tim interpreta três dos estudos de Philip Glass para piano, entre eles, trechos de 'Metamorphosis, ' Partita' e Music from the Screens (Música para as Telas). Também tocou o conhecido 'Night on the Balcony', 'Closing' e 'Mad Rush ' . Glass se destaca no cenário mundial, por suas famosas trilhas de cinema documental e ficcional,. Entre inúmeras trilhas, ele ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora pelo filme "As Horas" de 2002 e "Notas Sobre um Escândalo' de 2006. Também, compôs a trilha do Filme brasileiro Nosso Lar. Em todas as entradas, Philip Glass, de 74 anos, falou em Português. Aplaudidíssimo, deu dois bis para os gaúchos. Com certeza, é um dos grandes compositores deste século, com seu olhar íntimo e único. (VALÉRIA REIS). Foto: Mariano Czarbonai/Poa em Cena/Reprodução
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