Um ex-assessor de campanha do ministro do Desenvolvimento, Fernando
Pimentel, será investigado por ter recebido dinheiro do valerioduto. A
decisão do ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão,
de remeter à Justiça Federal em Belo Horizonte o pedido de investigação
atende a um pedido do Ministério Público Federal, conforme o Estado revelou em julho.
Barbosa
concordou com o desmembramento da ação por meio de uma decisão
proferida em 24 de agosto. O inquérito no STF apura a distribuição de
recursos por meio de empréstimos feitos no banco BMG e outros fatos
correlatos ao mensalão. Esta investigação é um dos desdobramentos da
ação penal que o STF está julgando no processo principal.
O
nome do ministro apareceu porque Rodrigo Barroso Fernandes recebeu
recursos da SMPB, agência de Marcos Valério, no período em que
trabalhava na campanha de Pimentel à reeleição para a Prefeitura de
Belo Horizonte, em 2004. O Ministério Público, porém, não encontrou
“indícios concretos” de que o dinheiro tivesse o ministro como
beneficiário e, por isso, recomendou o repasse da investigação para que
se apurasse a conduta do ex-assessor. Há a ressalva, porém, que a ação
deverá voltar ao STF se a apuração indicar envolvimento de Pimentel.
Por
meio de nota, a assessoria do ministério disse que Pimentel “repudia
com veemência” qualquer ilação de sua vinculação com o processo do
mensalão. Afirma, ainda, que o ministro não comentará investigação na
qual não está incluído.
Pessoas próximas a dois deputados
federais petistas, Vicentinho (SP) e Benedita da Silva (RJ), também
foram mencionadas no inquérito sobre o BMG. Assim como no caso de
Pimentel, o Ministério Público Federal recomendou o desmembramento da
ação por não ter conseguido encontrar “indícios concretos” da
participação dos parlamentares no recebimento de repasses. AE
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