Além de Adams, o corregedor-geral da Advocacia-Geral da União (AGU),
Ademar Passos Veiga, terá de se manifestar sobre suspeitas levantadas em
sindicância interna sobre a participação do ministro e que foram
arquivadas.
“Mandei intimar todo mundo para que prestem informações, a ele [Adams] e
ao corregedor, porque uma das denúncias é que o corregedor fez corpo
mole, que o corregedor não tinha independência para verificar”, disse o
presidente da comissão, conselheiro Américo Lacombe. Segundo ele, Adams e
Veiga têm até dez dias para apresentar explicações.
A AGU informou, em nota divulgada no último sábado (23), que a
corregedoria do órgão, após analisar “detidamente cada aspecto suscitado
pela Comissão de Sindicância, confrontando os documentos e dados
existentes nos processos, concluiu pela inexistência de irregularidade
na atuação do advogado-geral da União, seja por ação ou omissão”.
O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional entrou com representação
na última sexta-feira (22), pedindo investigação criteriosa do colegiado
sobre o envolvimento de Adams.
A Operação Porto Seguro foi deflagrada em novembro do ano passado e
desmontou esquema criminoso infiltrado em órgãos federais para venda de
pareceres técnicos para a iniciativa privada.
O esquema envolvia servidores da Agência Nacional de Aviação Civil,
Agência Nacional de Águas, Advocacia-Geral da União e Secretaria do
Patrimônio da União. Entre os investigados estava o ex-advogado-geral
adjunto José Weber de Holanda, que foi indicado por Adams. ABr
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