A comissão especial que estuda mudanças no Código Eleitoral
entregará, até 30 de junho, as propostas ao presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL). Os juristas encarregados de revisar o código
iniciaram os trabalhos em 2010, após serem nomeados pelo então
presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).
Depois de receber as sugestões, Renan nomeará uma comissão especial
de parlamentares para convertê-las em projetos de lei e propostas de
emenda à Constituição. Hoje (20), o ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) José Antonio Dias Toffoli conversou com o senador sobre o
andamento dos trabalhos. De acordo com Toffoli, o objetivo da reforma é
“racionalizar o processo eleitoral”.
O ministro lembrou que, atualmente, o candidato pode responder a
até três processos sobre o mesmo tema “imputado como ilícito”. Ele disse
que esses mecanismos protelatórios de julgamento de candidaturas
sobrecarregam a Justiça e representam “uma irracionalidade”. Segundo
ele, não é raro o candidato ser absolvido em um processo e, em outro
foro, ser condenado pelo mesmo tema em questão.
De acordo com Toffoli, algumas das propostas dizem respeito à
prestação de contas e ao financiamento de campanhas. São temas que ainda
estão em debate na comissão para ver de que forma serão implementados,
explicou o ministro.
Um dia após ir ao Supremo para tratar com o ministro Luiz Fux da
apreciação dos vetos presidenciais, Renan evitou falar com a imprensa.
Já o ministro Dias Toffoli, assim que chegou ao Congresso para o
encontro com Renan, disse que ainda não tem opinião formada sobre o
parecer de Fux. Ao sair, Toffoli disse que não abordou o assunto com o
senador. ABr
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