Para evitar uma classificação equivocada das ocorrências registradas
em Santa Catarina, associando todos os eventos de incêndio à série de
ataques violentos que começou no dia 30 de janeiro, a Polícia Militar do
estado decidiu mudar os critérios para avaliar os episódios. A partir
desta semana, antes de informar que se trata de um atentado, o caso
suspeito será analisado individualmente.
De acordo com o major João Carlos Neves, da Comunicação Social da PM
catarinense, a modificação ocorreu após uma avaliação técnica e
criteriosa da própria corporação. Ele negou que os novos métodos para
contabilizar os atentados tenham sido adotados por orientação do governo
estadual com o objetivo de manipular os dados e reduzir a estatística
com o número de ataques.
“Notamos que, com as prisões efetuadas e as transferências de presos
para outros estados no último fim de semana, não houve mais comunicação
entre bandidos ordenando novos ataques. Além disso, pouco depois de
contabilizarmos as ocorrências dos últimos dias, associando-as à onda de
violência, percebemos que eram, na verdade, casos particulares,
motivados por brigas entre vizinhos, marido e mulher ou desafetos”,
disse.
“Antes, qualquer evento desse tipo era imediatamente classificado
como mais um ataque, o que pode ter levado a polícia a superdimensionar o
número de episódios”, acrescentou.
No último boletim divulgado hoje (21) pela PM catarinense, constam
registros de incêndios em veículos particulares em quatro cidades:
Tubarão, Balneário Camboriú, Lages e Joinville. O documento destaca que
os eventos “ainda estão passando por análise pericial para sua
caracterização como atentado ou ato de vandalismo”.
Ontem (20), a polícia chegou a informar, no início da manhã, que o
número de atentados havia subido para 112, com o registro de um ataque a
uma base da PM no município de Lages, na serra catarinense. Horas
depois, a corporação divulgou nota retificando a informação e explicando que perícia técnica feita no local constatou que o
incêndio foi causado por uma explosão em função de um vazamento na
tubulação de gás.
Até agora, foram confirmados 111 atentados em 36 municípios. ABr
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