A
Tribuna Popular da sessão desta segunda-feira (25/2) da Câmara
Municipal da Capital foi ocupada pelo diretor administrativo do
Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), João Ezequiel
Mendonça da Silva, que expôs o apoio da entidade ao movimento por
melhores salários e condições de trabalho dos rodoviários da cidade.
Segundo Silva, Porto Alegre hoje passa por uma crise no transporte
coletivo, agravada pela situação vivida pelos rodoviários. A categoria,
segundo ele, “curiosamente sofreu um golpe de seu próprio sindicato”.
Na opinião de Silva, que dividiu a tribuna com
o presidente da comissão de negociação dos rodoviários, Alceu Weber, os
trabalhadores do transporte coletivo foram vítimas de uma assembleia
fraudulenta, onde foi aprovado o dissídio encaminhado aos patrões. “Os
rodoviários se mobilizaram, criaram uma comissão de negociação e
disseram que a assembleia não era legítima”, contou. “Foram ao
Ministério Público do Trabalho e de lá ficou acertado que seria
realizado um plebiscito no qual a categoria poderia dizer se concordava
com aquele dissídio ou não.”
Desrespeito
Desrespeito
Alceu
Weber reiterou que a assembleia dos rodoviários foi fraudulenta. “Foi um
total desrespeito com os trabalhadores”, disse. “Na assembleia, feita
em via pública, infiltraram-se pessoas não pertencentes à categoria,
inclusive menores, investidos do poder de voto.” De acordo com o
presidente da comissão de negociação dos rodoviários, “essas negociatas”
têm consequências. “Nosso dissídio tem sido há muito tempo mal
instruído; queremos dizer basta. Não tem mais como continuar assim”,
afirmou.
Weber lembrou que Porto Alegre tem a segunda
tarifa de transporte coletivo mais cara depois de São Paulo. Por isso,
na sua opinião, o Ministério Público de Contas faz bem em manter sob
julgamento o pedido de aumento da passagem por parte dos empresários.
Conforme Weber, a tarifa subiu muito nos últimos anos, mas os salários
dos rodoviários não tiveram reajustes condizentes. Ele ainda garantiu
que o objetivo da categoria é, além de seu fortalecimento, evitar os
aumento abusivos das passagens, segundo informações da Câmara Municipal de Porto Alegre.
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