O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa,
afirmou nesta sexta-feira que "tecnicamente" os embargos de declaração
no processo do mensalão não têm poder de mudar o resultado do
julgamento. "Embargos de declaração visam apenas corrigir eventuais
contradições", disse o ministro, antes de participar de um evento da
Unesco sobre liberdade de imprensa.
O ministro disse que não tem previsão de quando os 25 embargos
opostos por todos os condenados serão julgados. "Não li nada ainda. Não
tomei conhecimento de nenhum recurso. Só começarei a pensar o que fazer
na próxima semana", disse o ministro. "Não posso falar nada porque não
sei o conteúdo desses embargos", acrescentou.
O ministro afirmou ainda que a Corte precisa decidir se "sobrevivem"
os embargos infringentes depois da alteração da lei que rege os
processos penais. Apesar da modificação da lei, o STF manteve a
possibilidade do recurso em seu regimento interno. "Com relação aos
embargos infringentes, o tribunal terá de decidir se existem ou não",
disse.
Os embargos infringentes poderiam obrigar o tribunal a julgar
novamente as acusações em que houve quatro votos contra a condenação.
Seria o caso, por exemplo, da condenação do ex-ministro da Casa Civil
José Dirceu pelo crime de formação de quadrilha. AE
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