O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse hoje (21), após reunião do
Conselho de Segurança do país, que 15 militares foram mortos em uma emboscada
feita pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), ontem (20), em
Arauca, região de fronteira com a Venezuela. Santos classificou a ação como
“ataque terrorista”. Segundo o presidente, 70 guerrilheiros das Farc
participaram da ação. Doze foram presos e cinco ficaram feridos.
Os militares faziam parte de um pelotão que vigiava um oleoduto localizado em
Arauca. O presidente informou que soube do episódio na noite de ontem (21).
“Nossos corações estão com as famílias desses 15 heróis da pátria, que
sacrificaram suas vidas pela tranquilidade e a segurança de seus compatriotas.
Que nunca esqueçamos isso. Esses heróis morreram defendendo nossa democracia e
nossa liberdade”, completou.
O presidente colombiano disse que os cinco integrantes das Farc feridos foram
atendidos após a captura. Ele destacou que o episódio reforça a diferença entre
os comportamentos das forças militares do governo e as Farc. “[Nossos soldados]
foram disciplinados e aplicaram todos os protocolos do direito internacional
humanitário e de defesa dos direitos humanos”.
Após saber do ataque, o presidente ordenou que um batalhão de forças
especiais se deslocasse para o local com a missão de encontrar todos os
responsáveis pelas mortes dos 15 militares.
O governo colombiano e as Farc anunciaram, em 26 de maio, um acordo sobre o
desenvolvimento rural, tema central do conflito armado que ocorre há cerca de
meio século no país. Os governos de Cuba, da Venezuela, do Chile e da Noruega
atuam como mediadores nas negociações.
Santos disse que, assim como seu governo tem a mão estendida para dialogar,
também tem a contundência militar e vai aplicá-la. “Eu espero que esses senhores
entendam que, militarmente, não têm a mínima possibilidade de ter nenhum êxito”,
disse o presidente, ressaltando que os ataques não são o caminho. ABr
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