Mulheres pedem reforma política, moradia e nova mídia

 

A Câmara Municipal realizou, nesta quinta-feira (13/3), durante a sessão ordinária, um período de Comunicações Temáticas em homenagem às mulheres, para marcar a passagem de 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Representantes do movimento feminino foram convidadas para tratar da pauta As Reformas Que Queremos e discursaram sobre mudanças políticas, urbanas e na comunicação no Brasil.

Reforma Política
A presidente do Fórum de Mulheres do Brasil, Emília Fernandes, falou sobre a Reforma Política no Brasil e a história de conquistas femininas nos cargos de poder do país. “Ainda lutamos por maior participação das mulheres nos espaços de poder e decisão, uma participação efetiva”, afirmou Emília, que também lembrou de mulheres como Carlota Queirós – a primeira deputada federal brasileira – e as primeiras senadoras do país, Júnia Marise e Marluce Pinto. Ao final, defendeu a reforma política e mudanças como o financiamento público de campanhas e a alternância entre homens e mulheres nos cargos públicos.

Luta pela Moradia
Representando o Movimento Nacional de Luta Pela Moradia, Ceniriani Vargas falou sobre os problemas de distribuição de terras no Brasil e a reforma urbana. Ela defendeu as ocupações populares contra o processo de especulação imobiliária. “Só em Porto Alegre temos 48.900 mil imóveis vazios e um déficit habitacional de 38 mil famílias. É mais importante um papel dizendo que se é dono do que a necessidade das pessoas”, reclamou. Ceniriani lembrou da ocupação popular do Saraí, no centro de Porto Alegre, e apoiou medidas como o IPTU progressivo, que obriga os imóveis que não cumprem função social a serem revertidos ao município. “Lutamos pela moradia, pela reforma urbana. Por uma cidade que seja realmente democrática. Nossa luta é todo o dia e moradia não é mercadoria”, finalizou.
Uma nova mídia

Representando o Fórum Nacional de Democratização da Comunicação, Eliane Silveira observou que o grupo trabalha no país com a campanha Para expressar a liberdade, que propõe um novo modelo de comunicação social. "Não podemos aceitar sermos retratadas em papéis que não significam nossa vida real. Não queremos ser objetos que vendem cerveja, sabonete e refrigerante." Eliane afirmou que o Fórum defende uma legislação que impeça que meia dúzia de famílias, que igrejas e que políticos controlem a mídia brasileira. "Uma mídia conservadora aprofunda a desigualdade e a injustiça. Queremos mudar a mídia para mudar a vida das mulheres e mudar o mundo. Eliane explicou que a lei que pretende alterar a comunicação é de iniciativa popular. "Precisamos reunir 1,3 milhão assinaturas para abrir o debate no Congresso."

 
  
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