A operação de busca na casa de Lula e sua transferência à polícia para depor no âmbito do escândalo de corrupção na Petrobras são "uma agressão ao Estado de Direito", declarou o Instituto Lula por meio de um comunicado.
"A violência praticada hoje contra o ex-presidente Lula e sua família e contra o Instituto Lula é uma agressão ao Estado de Direito que afeta toda a sociedade brasileira", diz o documento. A ação da polícia "é arbitrária, ilegal e injustificável, além de constituir grave afronta ao Supremo Tribunal Federal".
24ª fase da Operação Lava Jato
A operação Lava Jato, que começou em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, chegou à 24ª fase hoje com buscas na casa de Lula, em São Bernardo do Campo, e em outros pontos em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia. 
Lula é alvo de um dos mandados de condução coercitiva e foi levado para prestar depoimento, segundo a Polícia Federal. Já o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, é visado por um mandado de condução.
A PF também cumpre mandados de busca e apreensão na casa e empresa dos filhos dele e no sítio que era constantemente frequentado por Lula, em Atibaia (SP).
Ao todo, foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva - quando a pessoa é intimada para prestar depoimento. Duzentos policiais federais e 30 auditores da Receita Federal participam da ação, que foi batizada de Aletheia. O termo é uma referência a uma expressão grega que significa “busca da verdade”.
No Rio de Janeiro, os mandados estão sendo cumpridos na capital, assim como na Bahia. Já em São Paulo, os municípios em que a operação é realizada são: São Paulo, São Bernardo do Campo, Atibaia, Guarujá, Diadema, Santo André e Manduri.(RFI)