Comissão do Impeachment ouve esta semana últimos depoimentos da defesa de Dilma
Os últimos depoimentos de testemunhas de defesa da presidenta
Dilma Rousseff e a entrega dos laudos de perícia sobre os documentos que
embasam o processo vão marcar o início da semana no Senado Federal.
Para esta segunda-feira (27) está prevista a entrega dos laudos. Na
terça-feira (28), os senadores devem apresentar pedidos de
esclarecimento sobre pareceres técnicos. O ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, será ouvido pela comissão na terça-feiraFábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Também
amanhã os membros da comissão ouvirão os depoimentos do ex-ministro do
Desenvolvimento Agrário, hoje deputado Patrus Ananias (PT-MG), e dois
ex-subordinados seus na equipe do ministério: a ex-secretária executiva
Maria Fernanda Ramos Coelho e o ex-diretor do Departamento Financeiro,
João Luiz Gaudagnin. Na terça-feira será a vez dos senadores
ouvirem os depoimentos dos ex-ministros da Defesa, Aldo Rebelo, e da
Advocacia Geral da União, Luiz Inácio Adams, e ainda do representante do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Antônio Carlos Rebelo, para análise
de créditos suplementares. Os depoimentos terminarão na
quarta-feira (29), com mais três testemunhas cujos nomes ainda não foram
divulgados. Enquanto os depoimentos prosseguem, os peritos trabalharão
para se manifestar sobre os pedidos de esclarecimentos dos senadores.
Eles devem entregar as respostas na sexta-feira (1º). A partir
daí, começa a contar o prazo de 48 horas para os assistentes de defesa e
acusação entregarem suas versões sobre a perícia, de modo que, na
semana seguinte, seja possível realizar audiência com todos os
envolvidos no trabalho. Votações No
plenário, os senadores deverão concluir a votação do projeto de lei que
atualiza a tabela do Supersimples, com análise de alguns destaques ao
texto principal, que já foi aprovado na última semana. Antes
disso, os senadores precisarão destrancar a pauta votando a MP 713, que
reduz o Imposto de Renda retido na fonte para remessas ao exterior de
até R$ 20 mil e até isenta do imposto quando essas remessas forem para
fins educacionais ou culturais. Outra MP que tranca a pauta é a
714, que permite o capital estrangeiro sobre empresas aéreas
brasileiras. O texto promete gerar debate e certa polêmica no plenário,
porque os deputados retiraram o limite de 49% para participação
estrangeira, o que, na prática, significa que as companhias poderão ser
totalmente vendidas a empresas internacionais. Há ainda a chance
de que, se houver quórum e acordo, seja votada a proposta de emenda à
Constituição (PEC) do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que
estabelece o pagamento de adicional de periculosidade a agentes
policiais. Pelo texto, receberiam o benefício os policiais federais,
rodoviários federais, ferroviários federais, civis, militares, além dos
bombeiros. Outros temas podem entrar em pauta se forem definidos por acordo em reunião de líderes.ABr
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