Pré-candidato à Presidência pelo PSDB, o senador mineiro Aécio Neves
promete fazer, nesta quarta-feira, um discurso no Congresso apontando
“13 fracassos” do PT no governo. A fala será recheada de críticas a
Dilma Rousseff. Ele pretende classificar a gestão petista de “omissa”
nas áreas de segurança e saúde.
Aécio, que deverá assumir o comando do PSDB em maio, vai criticar
ainda os atrasos e os aumentos de gastos em obras do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), como a transposição do Rio São
Francisco. Dirá ainda que os petistas, no poder há dez anos,
“fragilizaram” estatais como a Petrobras e a Eletrobras. “Vou apontar os
risco que estamos vivendo na economia”, disse o senador mineiro na
terça-feira (19).
A ideia é tentar fazer também um contraponto dos governos petistas
com o governo Fernando Henrique Cardoso, resgatando ações feitas pelo
ex-presidente tucano entre 1995 e 2002. “O PT precisa ter a generosidade
de reconhecer que o Brasil não foi descoberto em 2003”, diz Aécio, ao
argumentar que a estabilidade da moeda foi essencial para o sucesso da
economia no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Antes de enumerar os “13 fracassos” do PT no governo federal, o
pré-candidato fará um balanço de ações do partido, que ele chama de
“equívocos”, ao longo das últimas três décadas. Lembrará a falta de
apoio no Colégio Eleitoral para eleger Tancredo Neves, seu avó, para a
presidência da República, e também ao governo de Itamar Franco. Ele vai
falar também da decisão do PT de entrar na Justiça contra o Plano Real.
“Tudo o que eles fizeram teve um viés eleitoral”, acusa.
No discurso, Aécio vai exaltar ainda as privatizações feitas ao longo
do governo Fernando Henrique e que hoje, segundo ele, são “copiadas”
pelos governos petistas. “As privatizações eram demonizadas e hoje são
feitas em larga escala”, afirma. AE
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