O Brasil é o terceiro país do mundo que apresentou crescimento maior
de consumo de energia renovável e recebeu elogios do Banco Mundial por
aumentar a geração por meio de outras fontes renováveis, como
biocombustíveis e lixo. A energia renovável responde por 18% da matriz
mundial de energia e a China e Estados Unidos lideram o crescimento da
produção deste tipo de energia. Mas a meta da Organização das Nações
Unidas (ONU) de dobrar esse porcentual até 2030 pode também não ser
alcançada.
A participação da energia renovável na matriz energética tem crescido
no mundo, notadamente a partir de 2000. O relatório do Banco Mundial
observa que 120 países hoje, dos quais a metade é formada por nações em
desenvolvimento, têm algum objetivo ou meta nacional relacionada à
energia renovável. Além disso, 88 países adotaram incentivos para
estimular esse tipo de produção.
O Brasil é citado no documento como destaque na produção de energia
renovável, ao lado de EUA, Alemanha e China, sobretudo em fontes
diferentes da hidrelétrica e biomassa. A produção brasileira tem
crescido em outras fontes, em especial em biocombustíveis, aponta o
relatório. O Banco Mundial cita ainda que tem crescido em outros países a
energia gerada por lixo, sol, vento e biogás.
Países do norte da Europa, como Noruega e Suécia, estão entre aqueles
com maior participação desse tipo de energia na matriz de consumo,
superando os 50%. O Brasil também está logo no bloco dianteiro do
ranking, na casa dos 48%, por causa da energia hidrelétrica, que tem
tido foco crescente também na China, aponta o estudo. Mas o documento
destaca o uso pioneiro e crescente do Brasil de energia renovável vinda
da cana-de-açúcar e de outras fontes alternativas.
A meta da ONU é elevar o porcentual de energia renovável para 36% da
matriz energética mundial. O relatório do Banco Mundial aponta que esse
objetivo pode não ser alcançado. "Mantidas as tendências atuais, a
expansão da energia renovável mal conseguiria seguir o ritmo do
crescimento da demanda global por energia", destaca o documento.
A projeção dos técnicos do Banco Mundial é de que o porcentual
chegaria a 19,4% em 2030, pouco acima dos 18% atuais. Para se alcançar a
meta da ONU, a produção de energia renovável a partir de outras fontes,
que não a biomassa, teria de crescer a dois dígitos ao ano. Aumentar a
produção exigiria investimentos anuais de US$ 250 bilhões a US$ 400
bilhões pelo mundo, dependendo do ritmo de expansão da demanda global. AE
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