Presidente do Grupo Siemens no Brasil e Mercosul, Adilson Primo é palestrante em evento da Câmara Brasil Alemanha (AHK)


O presidente do Grupo Siemens para o Brasil e Mercosul, Adilsoon Antônio Primo foi palestrante da Câmara Brasil Alemanha (AHK) nesta quinta-feira no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Segundo Primo, a Siemens vai investir R$ 130 milhões no Brasil entre 2008 e 2009 para estender as linhas de produção de suas fábricas. Um dos principais aportes será na unidade de Jundiaí (SP), onde fabrica equipamentos de energia. No Rio Grande do Sul, a empresa deverá direcionar R$ 10 milhões em sua unidade industrial de Canoas visando ao lançamento de novas linhas de tomadas e interruptores. O aporte na Iriel, adquirida há cinco anos, começou neste ano e deverá resultar em modelos mais avançados que entrarão no mercado no início de 2009. O dirigente informa que será investido R$ 70 milhões em Jundiaí, onde será ampliada a capacidade de fabricação de turbinas em 50% e de transformadores em 20% Recentemente, a unidade aplicou R$ 200 milhões em expansão e modernização.
Ainda segundo o executivo, dentro de 20 anos, o Brasil estará entre as cinco economias do mundo, pelo potencial de recursos do país. Disse ainda que nos últimos cinco anos, a economia no mundo tem apresentado a melhor situação em três décadas. O mundo cresce a 4,5%; o crescimento comercial das importações cresce 7% ao ano; o fluxo do IDE está a 28% e o crescimento dos preços das commodities está a 150 ao ano. O dirigente exemplifica que os chineses vêm exportando tecnologia e melhorando a cada ano. Segundo ele, é uma ‘falácia" achar que o produto chinês é um produto de segunda categoria. Sobre a crise econômica americana, Primo observa que certamente nossa balança comercial poderá ser afetada. "Para mim, não está claro a política que estamos adotando". O presidente do Grupo Siemens para as Américas, o Brasil hoje é a ´10ª economia no mundo, competindo em igualdade com Canadá e Espanha, conforme o ranking das maiores economias do mundo.
Sobre o petróleo brasileiro, Adilson Primo informa que o país produz 14 bilhões de barris. No mínimo, tem reservas adicionais de 50 bilhões de barris. Segundo ele, o Brasil será um dos grandes exportadores de petróleo. Sobre o pré-sal, ele observa que deverá ser feito todo um investimento em águas profundas. Primo explica que há 10 anos, o mundo se resumia no Japão, Europa e Estados Unidos. Acrescenta ainda que as economias emergentes compreendem 44% do PIB; as economias desenvolvidas com 35% do PIB. O dirigente salienta que cada um desses países procurou montar seu colchão de reserva como : China com o 1,8 trilhões de dólares; Rússia – US$ 600 milhões. O país produz petroléo e gás e Índia com US$ 307 milhões. Conforme Primo, o Brasil ocupa a terceira colocação, atrás da China e da Rússia. Segundo ele, a crise será compensada particularmente pelos países emergentes e o Dólar perde espaço para o Euro. Ressalta também que a inflação está subindo em todos os países com políticas de câmbio flutuante. Ele avalia que a Balança Comercial Brasileira terá um saldo de 25 bilhões em 2008. "Fazer projeção da balança para o ano que vem, no momento, é um exercício de ‘bola de cristal’, foi taxativo. Disse ainda que o crescimento brasileiro tem se dado pelo aumento do consumo interno. Já a produção industrial brasileira teve um crescimento de 20%, refletindo o bom momento que o Brasil vem levando. Já segundo Primo, o País, em termos de infra-estrutura, está em colapso. Ele exemplifica que 10% do PIB no Estado de São Paulo estaria sendo jogado no lixo, em termos de infra-estrutura, portos com capacidade esgotada, colapso logístico na área dos transportes brasileiros.
Sobre o Grupo Siemens, o presidente Adilson Primo informa que o grupo fatura 72 bilhões de euros no mundo, atuando em 147 países e com 400 mil colaboradores em todo o mundo. Na Alemanha, corresponde a 17% do faturamento; no resto da Europa a 32% do faturamento e nas Américas com 30% do faturamento, além de 15% na Ásia e Pacífico. O Grupo Siemens também está investindo muito na China e na Índia. Nas Américas, o grupo conta com 91 mil empregados, 77 fábricas, sendo 12 no Brasil, com faturamento de 19,3 bilhões de euros. Segundo Primo, com 163 anos, o Grupo Siemens cresce com o poder de inovação através da pesquisa e desenvolvimento, sendo o DNA o poder de inovação. A Siemens é responsável por 60% da energia no país e 30% na área da infra-estrutura em telecomunicações, num período de cem anos. (VR) Foto: Reprodução/EI
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