Presidente da Federasul faz balanço de 2008 no cenário econômico
Cairoli observa ainda que se a economia em 2008 cresceu vigorosamente (apenas no terceiro trimestre o PIB avançou 6,8% em relação aos mesmos meses do ano anterior), seus números consolidados, embora reais, estarão fora do contexto atual especialmente no setor de comércio varejista e de serviços. Eles terão desempenho positivo, sem que haja perspectiva de serem mantidos em 2009. "Teremos uma autêntica fotografia do passado", enfatizou. De outubro a dezembro de 2008, já se consolida uma redução significativa no consumo como decorrência direta da restrição do crédito e da ameaça do desemprego. As mesmas famílias que, no terceiro trimestre de 2008, impulsionaram o crescimento da demanda em 2,8% do PIB, segundos dados do IBGE, não serão mais sustentadas pela massa salarial que foi responsável pela expansão de 10,6% do consumo e pelo saldo das operações de crédito que cresceram 29,6% no mesmo período. Em 2009 o cenário já é outro, ressalta o presidente da Federasul. Novas medidas precisam ser tomadas já que as anunciadas nesta semana vão ampliar em apenas 0,5% o consumo das famílias e equivalem a 0,8% da carga nacional de impostos. Para manter os empregos e para combater a recessão, o País precisa de uma maior desoneração da folha de salários, o que pode ser feito por uma simples medida provisória. No entanto, Cairoli acrescenta que precisamos especialmente da redução de juros e de novas metas de aperto fiscal. "Os governos precisam gastar menos", completa. Federasul/EI
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