Novo Hamburgo pode atrair recursos do PAC para reciclagem do lixo
Novo Hamburgo será o primeiro município brasileiro a ter um projeto desenvolvido pelo programa da ONU para o Meio Ambiente (Unep/Pnuma) que, pela sua testada eficiência em diversos países, poderá se candidatar a receber recursos federais do Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC). A previsão é do cientista das Nações Unidas, o indiano Surya Prakash Chandak que juntamente com seu colega Mushtaq Memon vieram ao Estado para ministrar um curso de três dias, a partir de hoje, de capacitação dos técnicos da prefeitura daquela cidade que marcará a implantação inicial do sistema. Tanto a qualificação de pessoal, quanto a avaliação das atuais práticas de coleta e tratamento do lixo urbano contam com a colaboração da Ong ambiental Instituto Venturi, que tem sede em Porto Alegre e que interessou o organismo mundial a trazer sua melhor experiência na área de tratamento de resíduos ao País. Novo Hamburgo foi escolhida para o projeto pioneiro por reunir características de cidade média e onde mais rapidamente poderiam ser implantadas as novas práticas. Surya Chandak calcula que o projeto será entregue à administração municipal na metade do ano. Depois disto, a proposta levantará os recursos necessários à implantação que deverão se situar entre 300 e 400 mil dólares, conforme suas primeiras avaliações e iniciativas, em diversos países em desenvolvimento. Relatou que todos os projetos bem sucedidos, nas cidades de Matale, no Sri Lanka, Pune (Índia), Wuxi (China) e Masero (Lesotho) tiveram recursos dos governos centrais e da iniciativa privada. A forma com que são organizados verdadeiros distritos industriais que centralizam as atividades que lidam direta ou indiretamente dão um retorno econômico e social bastante alto já que há uma reciclagem de até 60% dos resíduos. O representante da ONU não arrisca um cálculo do montante de investimentos que poderia ser atraídos com o modelo a ser proposto, mas pelo menos 50 prefeituras gaúchas de diversos portes poderiam se habilitar. O secretário de Meio Ambiente e Planejamento Urbano de Novo Hamburgo, Ernani Galvão, disse que seu município quer servir de modelo, provando que o lixo pode ser uma grande “riqueza” a ser melhor aproveitada para gerar emprego e renda. Como em outras cidades da região, a maior parte do lixo é transportado, diariamente para as cavas da região carbonífera, representando apenas custos de coleta e transporte para o município, segundo informações da Todt.
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