Aécio descarta ser vice de Serra e elogia Dilma

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), descartou ser vice em uma eventual chapa liderada pelo governador de São Paulo, o também tucano José Serra, nas eleições à Presidência da República em 2010. Segundo ele, o espaço deve ser ocupado por aliados. "Nem sequer cogito essa possibilidade se ele vier a ser o candidato do meu partido", disse Aécio a jornalistas durante o Fórum Econômico Mundial. "Acho inclusive que em um quadro partidário tão plural como o brasileiro, onde nós devemos buscar novas alianças para disputar as eleições e para governar, seria uma certa presunção do PSDB achar que solitariamente pode compor uma chapa, eu acho que devemos abrir esse espaço para companheiros de outros partidos." A posição do governador vai de encontro a declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no início deste mês de que preferia uma "chapa pura", ou seja, apenas com nomes do PSDB. Apesar da sua presença não estar prevista, Aécio participou do encerramento do Fórum, que a principio seria feito pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, que voltou mais cedo para seu país. O governador de Minas disse acreditar que nas próximas semanas a direção do PSDB deve anunciar quando serão as prévias que definirão quem será o candidato do partido à Presidência. Se o seu nome for escolhido, Aécio não terá problemas para enfrentar provável candidatura de Dilma Rousseff, preferida declarada do presidente Lula.
"A presença da ministra Dilma na campanha eleitoral é garantia de candiatura de alto nível e é legítimo o presidente Lula apresentar sua candidata", comentou. Mesmo antes das prévias, o governador de Minas pretende correr o Brasil ao lado do governador de São Paulo e lideranças do PSDB para divulgar as bandeiras do partido que ainda não foram definidas. "A direção do partido deve nas próximas semanas definir quando serão as prévias, mas eu defendo que antes disso eu e o Serra andemos juntos pelo país, porque o PSDB busca ocupar novamente o poder central no Brasil, e eu acho que seria bom para o Brasil esse rodízio do poder", afirmou. Aécio garantiu que apoiará Serra se ele for o preferido do partido e que confia no apoio de outros partidos ao projeto do PSDB além do Democratas e PPS. "Eu vejo a possibilidade de algumas forças políticas que hoje estão na base de apoio do presidente Lula mas que não estão com o PT se nós conseguirmos apresentar proposta nova, otimista para o Brasil, que passe pela gestão de qualidade, pelo desenvolvimento regional, pelo fortalecimento das políticas sociais", disse, segundo a Reuters
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