Déficit público pode voltar a assombrar o Estado


O risco da volta do déficit público em 2009 foi o alerta feito pelo presidente da Federasul, José Paulo Dornelles Cairoli, no encerramento do 7º Congresso das Entidades Filiadas à Federasul neste final de semana, em Gramado. Diante da ameaça já percebida através do menor desempenho na arrecadação do ICMS nos primeiros cinco meses do ano, Cairoli pediu rigor no controle dos gastos públicos principalmente na concessão de reajustes salariais e afirmou que o governo não pode ceder ao assédio dos poderes sobre o orçamento público. O encontro reuniu mais de 300 líderes empresariais do Estado e debateu, durante dois dias, os caminhos para crescimento. Em consenso, os empresários alertaram ainda, na Carta de Gramado, que apesar da economia brasileira ser forte ela não está imune aos riscos da crise. O cenário pré-eleitoral pode fazer o governo relaxar com a necessidade de encaminhamento das reformas tributária, trabalhista e a política. Esta última, disse Cairoli, “é fundamental para que o clima de impunidade na política brasileira seja banido”. No plano estadual, a Carta de Gramado recria o cenário do contexto da crise com redução na atividade econômica e lembra que o equilíbrio das contas públicas não está consolidado especialmente por causa da queda na receita. “Se não houver uma recuperação do ICMS no segundo semestre, o déficit fiscal poderá voltar a assombrar”, enfatiza o presidente da Federasul e faz um alerta: “o governo não pode ceder diante das pressões corporativas por aumentos salariais”. Uma das saídas para minimizar o problema da volta do déficit, pontua o documento final do 7º Congresso das Entidades Filiadas à Federasul, está na postura responsável e solidária de todos os poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário - para evitar retrocessos que levam novamente a uma situação de déficit crônico no setor público, segundo informações da Federasul. Foto: Federasul
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