Tarso nega crise entre Minsitério da Defesa e Secretaria Especial de Direitos Humanos

Brasília - O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse hoje (30) que não há “nenhuma controvérsia insanável” entre o Ministério da Defesa e a Secretaria Especial de Direitos Humanos em relação ao decreto que institui o Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 21. Matérias publicadas hoje (30) na imprensa afirmam que o decreto deixou os militares irritados e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou a apresentar uma carta de demissão a Lula por discordar de pontos do programa. Segundo informações divulgadas por jornais, Jobim avalia que essas medidas representariam revanchismo em relação aos militares que tiveram participação ativa durante a ditadura que governou o país entre 1964 e 1984. O pedido de demissão de Jobim teria sido acompanhado pelos comandantes da Marinha, Aeronáutica e do Exército. Lula teria se recusado a aceitá-lo e prometido analisar melhor o assunto. Dois os itens do programa teriam contrariado os militares: a possibilidade de revisão da Lei de Anistia e a criação da Comissão Nacional da Verdade, que poderá investigar fatos ocorridos durante a ditadura militar. A criação da comissão depende do envio de proposta do Executivo para apreciação do Congresso Nacional. Tarso Genro também negou que Jobim e os comandantes militares tivessem pedido demissão. “Não há nenhum pedido de demissão e nenhuma controvérsia insanável entre o Ministério da Defesa e a Secretaria Especial de Direitos Humanos. O presidente está tranquilo e vai resolver isso com sua capacidade de mediação depois de voltar de férias.” De acordo com o ministro, a situação não provocou qualquer anormalidade. “Não tem nenhum tipo de alarme ou de preocupação. É um debate normal, que já vinha ocorrendo e que agora o presidente vai dar a palavra final”, disse Tarso, após se reunir com Lula, no Palácio da Alvorada. ABr
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