Brasília - O presidente da Bolívia, Evo Morales, convocou seus opositores, que ganharam espaço politico nas eleições realizadas ontem (4), para o início de um processo de mudança no país, deixando de lado a confrontação para levar adiante cinco anos de gestão produtiva.
Segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI), o governo de Evo Morales está disposto a coordenar trabalho integrado com as frentes oposicionistas que conquistaram governos estaduais e prefeituras importantes, desde que o benefício da população esteja acima dos interesses políticos e pessoais.
Morales disse que a oposição - usando movimentos cívicos e poderes econômico e político nos estados de Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija - tentou nos últimos quatro anos frear o processo de mudança na Bolívia, sem entender que estava prejudicando essas regiões. Os estados mencionados pelo presidente boliviano são conhecidos como “meia lua” devido à sua conformação geográfica.
Em La Paz, o provável prefeito da capital boliviana, Luis Revilla, do partido oposicionista Movimento Sem Medo (MSN), fez um discurso seguindo a mesma linha de conciliação proposta por Morales.
“É necessário”, disse, “que as autoridades estaduais e municipais agora eleitas ou reeleitas coordenem com o Executivo os projetos de desenvolvimento para todas as regiões da Bolívia, deixando de lado as diferenças ideológicas”.
“Todas as autoridades”, disse Revilla, “começando pelo presidente, têm a responsabilidade de coordenar e impulsionar projetos que beneficiem a população. Esta é uma relação estritamente constitucional que somos obrigados a seguir desde o momento em que somos eleitos”.
Os números oficiais das eleições de ontem na Bolívia, mostrando o novo mapa político do país, somente serão divulgados dentro de 15 dias. ABr
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