QUEM É QUEM - Ariel Sharon


o ex-premiê Ariel Sharon pode ser considerado uma das figuras políticas mais marcantes de Israel desde a criação do Estado, em 1948. Ele serviu às Forças de Defesa de Israel por mais de 25 anos e comandou operações militares cruciais que influenciaram fortemente a trajetória israelense. Ele formou-se em Direito pela Universidade Hebraica de Jerusalém. Ele sofreu um devastador AVC 2006 e está em coma há dois anos. Em abril, Israel declarou o gabinete de Sharon incapacitado, marcando o fim oficial de seu mandato de cinco anos. Sharon foi substituído por Ehud Olmert, que tinha como seu interino e que assumiu definitivamente o cargo. Sharon sempre foi considerado como um solucionador de problemas, um homem que estava pronto para contornar problemas e suas consequências. Homem grande e de cabelo branco, ele gostava de lembrar aos israelitas que ele tinha lutado em cada uma das cinco guerras do país, desde a sua fundação - mais de meio século atrás. O filho de imigrantes russos, Sharon lutou na milícia judaica em1948. Depois disso, Sharon cresceu rapidamente através das fileiras do exército israelita, tornando-se um nome reconhecido no campo de batalha. Em 1982, a sua extrema liderança lhe custou o emprego como o ministro da Defesa. Sob seu comando, tropas israelitas em Beirute oeste deixaam uma milícia cristã aliada em dois campos de refugiados palestinos, onde eram sistematicamente abatidas centenas de pessoas. Uma comissão concluiu que a carreira política do israelita Ariel Sharon parecia condenada. Mas, reabilitado, serviu no parlamento e em gabinetes, numa variedade de cargos. Sharon sempre foi linha dura com os palestinos, bem como um membro do parlamento, nunca votando em favor de quaisquer acordos de paz de Israel com os Estados árabes vizinhos. Ele recusou-se a apertar a mão do presidente palestiniano Yasser Arafat, já falecido, que o tinha chamado de assassino e um mentiroso. Depois de ganhar o posto de primeiro-ministro, em fevereiro de 2000, Sharon admitiu que não poderia inverter os resultados dos sete anos das negociações de paz com a Autoridade Palestina e os Estados árabes vizinhos, reconhecendo que um Estado palestino não chegará a ser como ele quer - israelita ou não. (Valéria Reis) Foto: Reprodução/EI
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