Expointer: Reconquistar mercados é mais difícil que conquistar - Abiec

Por Wanda Araújo



SAFRAS - O presidente interino da ABIEC, Otávio Cançado, disse nessa segunda-feira (30), na Expointer, durante assinatura de convênio com a
Apex-Brasil, que as prioridades da Associação nesse segundo semestre estão concentradas no tratamento das questões de sustentabilidade, de cunho sócio ambiental, na qual o Brasil tem sido alvo de ataques constantes, na retomada dos níveis de exportação conquistados em 2008 e na abertura de novos mercados. -Apesar de não termos grandes problemas ambientais, temos que mostrar que não temos, disse Cançado.Com relação à retomada dos níveis de exportação, disse que o Brasil está próximo disso. De acordo com o dirigente, a manterem as previsões atuais, de crescimento de 20% a 25% ao mês, o país voltará à casa dos US$ 5,1 bilhões, ficando muito próximo de 2008, ano de exportação recorde, quando a receita foi a US$ 5,3 bilhões. Quanto â abertura de novos mercados, considerada por ele a maior entre as prioridades, disse que a ABIEC mira os Estados Unidos e a ampliação das exportações para a União Européia, voltando aos níveis de 2007. - Já recuperamos todos os mercados que havíamos perdido em 2005 e estamos focando agora a abertura dos Estados Unidos, primeiramente do estado de Santa Catarina, livre de aftosa sem vacinação. Também estamos priorizando o México, Canadá, América Central e China, onde está sendo feita a análise de risco para entrada do nosso produto, antecipou.Sobre a ampliação de mercado com a União Européia, disse que a ABIEC vem fazendo um trabalho muito forte com o governo e a APEX-Brasil nesse sentido. Lembrou que até 2007 a União Européia era o maior mercado brasileiro e que o Brasil praticamente o perdeu, ficando com exportações muito pequenas para os países do bloco. Também destacou o Irã, país que não figurava entre os dez maiores importadores da carne bovina brasileira e que agora está encostado com a Rússia, disputando o segundo lugar. Dados do Ministério da Agricultura mostram que de janeiro a junho a venda de carne bovina para a Rússia somou 142,6 mil toneladas, o que equivale a US$ 476 milhões, 10% mais do que o do mesmo período de 2009. - Hoje, a Rússia é o primeiro, e o Irã o nosso segundo importador. No entanto, temos que superar a crise iraniana e continuar com o mesmo fluxo de comercio, independente de questões políticas.Dos mercados perdidos e que já foram recuperados, o dirigente cita a África do Sul, perdido em 2005, e o Chile. Segundo ele, o maior período de compras do Chile é por agora - agosto, setembro e outubro-, e somente após esse período será possível quantificar o que se deixou de negociar. - O fato é que não podemos perder mercado. Reconquistar é muito mais difícil do que conquistar, disse Cançado, destacando a importância do trabalho da APEX-Brasil para a carne brasileira no exterior.(VA)

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