Federasul - RS quer consolidar cluster tecnológico


Representantes de parques tecnológicos disseram no Tá na Mesa que buscam apoio do governador eleito para concretizar o projeto- Com o apoio do governo estadual, o cluster tecnológico do Rio Grande do Sul será facilmente consolidado. Pelo menos, é essa a opinião de quatro representantes dos principais parques tecnológicos gaúchos, que estiveram presentes no Tá na Mesa dessa quarta-feira, dia 24 de novembro, no Palácio do Comércio. “Precisamos de uma secretaria articulada e forte para dar suporte à estrutura que está aqui”, argumentou a gestora executiva do Tecnosinos, Susana Kakuta, adiantando que o grupo está seguindo duas linhas de trabalho: na construção de uma política junto ao governador eleito Tarso Genro (que em outubro fez sua primeira visita oficial ao Vale dos Sinos) e entre os reitores e universidades envolvidas. Susana observou que o Estado possui uma estrutura de parques tecnológicos sólida, com um mix de empresas relevantes, nacionais e internacionais. Além disso, ressaltou que obter o apoio do Governo é de fundamental importância para que se tenha uma educação focada em inovação e em TI. Segundo ela, recentemente a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro/RS), divulgou que, até 2015, deverão faltar 5 mil profissionais na área de TI no Rio Grande do Sul e, em 10 anos, deverá haver um déficit de 100 mil profissionais em todo o País. Conforme o diretor do Tecnopuc, Roberto Moschetta, não existe nenhuma outra área que dê tantos resultados e incremente o PIB per capita do País, como a Ciência e a Tecnologia. “Mas esse é um tema que não dá voto, como a saúde ou a segurança”, argumentou. O diretor do Tecnopuc lembrou ainda que o Governo Federal havia se proposto a ampliar o investimento no setor para 2% do PIB, mas não conseguiu e o índice ficou pela metade do sugerido. “O mais difícil será mudar a cabeça ou o comportamento das pessoas, porque competência nós temos, assim como a possibilidade de trabalharmos de forma integrada”, garantiu ele. Por sua vez, o diretor da Valetec, Maurício Andrade, salientou que o estado gaúcho possui pelo menos três parques tecnológicos em atividade e, no mínimo, mais de dez projetos em andamento. Entretanto, como desafio, ressaltou que é preciso haver maior agilidade nos órgãos de Governo, um novo perfil de profissional, a revisão nos modelos de negócio e uma gestão de inovação e incentivo ao pesquisador e à política de TI, assim como um planejamento local e global, além da sincronia entre os municípios. “Assim, teremos mais força para negociar e como acelerar o processo de conhecimento”, grifou Andrade. Já a secretária de Desenvolvimento Tecnológico da UFRGS, Raquel Mauler, feliz pela iniciativa do encontro, lembrou que o primeiro computador foi instalado na sua universidade na década de 60. Além disso, comentou que nunca havia uma motivação que transformasse o conhecimento em tecnologia. “A Lei de Inovação obrigou que isso acontecesse”, salientou, falando que já existem parcerias de sucesso entre universidades, como, por exemplo, o projeto do aeromóvel (que une UFRGS, PUC, além de outras entidades). O presidente em exercício da Federasul, Carlos Biedermann, encerrou o evento, dizendo que irá propor ao presidente da entidade, José Paulo Dornelles Cairoli, novos encontros que contribuam para a criação do cluster tecnológico. Legenda da foto da coletiva (da esquerda para a direita): Raquel Maurer, Susana Kakuta, Maurício Andrade e Roberto Moschetta. Legenda da foto do Tá na Mesa: Maurício Andrade, Raquel Maurer, o mediador Carlos Biedermann, Susana Kakuta e Roberto Moschetta. (Federasul)Foto: Rosi Boni
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