Randon - Empresas terão que enfrentar o desafio da subvalorização do dólar, diz Schmitt

  
            A subvalorização do dólar é um dos mais novos desafios a serem enfrentados pelo empresariado porque, ao mesmo tempo em que beneficia as importações, representa uma ameaça às exportações e ao desenvolvimento do próprio mercado interno. A colocação é do diretor corporativo e de relações com investidores da Randon S. A. Implementos e Participações, Astor Milton Schmitt, feita em palestra na reunião-almoço da Câmara Brasil-Alemanha, nesta quinta-feira, 25/11, ocasião em que apresentou a trajetória de internacionalização das Empresas Randon. Para enfrentar esta dificuldade, o Brasil terá que criar a cultura da poupança para poder investir na estrutura produtiva, ao invés de aplicar prioritariamente no consumo.
            Astor Schmitt lembrou que a internacionalização da empresa iniciou-se nos anos 70 com exportações, importações e acordos de cooperação tecnológica. “Vendíamos para os vizinhos”, lembra ele. Com produtos customizados e adaptados à realidade de cada mercado, a Randon conquistou espaço e reconhecimento internacionais. Para isso, a empresa se estruturou num processo evolutivo no tempo, através de agentes, tradings, formação de redes de concessionárias, unidades de montagem e unidades próprias de fabricação no exterior (Argentina, Estados Unidos e China). 
            O esforço exportador resultou numa presença importante principalmente nos países do Nafta e Mercosul/Chile que respondem por mais de 60% das  vendas externas, além da África,  América do Sul e Central, Europa e outros que, no total renderam negócios de US$ 179 milhões somente de janeiro a setembro. A expectativa é de fechar o ano com exportações da ordem de US$ 220 milhões.
            “O Brasil progressivamente perde imagem de Low Cost e precisa pensar em como diferenciar-se entre os iguais, com o mesmo grau de desenvolvimento”, afirma Schmitt, para quem, a receita do sucesso inclui muita inovação, investimentos intensivos, capital humano e educação, bases para enfrentar a concorrência internacional. Schmitt lembrou, entretanto, que o mercado interno ainda é a essência dos negócios da Randon com uma participaçlão de 80% a 85%. Foto: Thiago Gonzalez

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