Em 1774 o velho rei morreu e o seu marido tornou-se Luís XVI. Três anos mais tarde, uma pequena cirurgia voltava a dar-lhe esperança de ser pai. O primeiro rebento do casal foi Maria Teresa Carlota, que nasceu no ano seguinte. Com a maternidade, Antonieta assentou e tornou-se uma mãe e esposa devotada.
Apesar disso, foi sempre uma rainha impopular. Muitos franceses odiavam a rainha por esta ser austríaca e pelas suas maneiras frívolas. Havia rumores de que teria inúmeros amantes. Alcunhada de "Madame Déficit", sobre ela recaiam as culpas de ser a culpada da crise que o país atravessava. A verdade é que gostava de luxo, apesar de não ser tão gastadora como o povo pensava, mas tornou-se no bode expiatório por ser uma estrangeira.
E foi sobre ela que caiu a fúria da milícia parisiense aquando da Revolução. A 5 de Outubro de 1789, uma marcha de mulheres (e alguns homens disfarçados) irrompeu por Versalhes a exigir o sangue de Maria Antonieta, que se manteve sempre calma. Salvou-a da morte a intervenção de Lafayette, um herói da revolução americana que se opôs à acção da multidão.
O casal real e os seus filhos foram aprisionados no palácio das Tulherias, onde se mantiveram vários anos. Em 1791, alguns nobres conseguiram arranjar um plano de fuga para a família real, mas o casal teria de viajar separado das crianças, o que Maria Antonieta recusou. Isto veio a selar o seu destino, porque foram reconhecidos na vila de Varennes e capturados. (mp) .Fotos: Reprodução/EI
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