Migração para o Mercosul é a nova ameaça à indústria

  

              Após a ameaça da desindustrialização principalmente pela
concorrência chinesa e o problema cambial, agora assombra o setor industrial
a ida de empresas brasileiras para países do Mercosul, à procura de
competitividade, aproveitando benefícios fiscais e menores custos. A
afirmação é do presidente da Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos – Abimaq -, Luiz Aubert Neto, que veio a Porto
Alegre e foi o palestrante nesta quarta-feira,  na sede da Fiergs, sobre as perdas
crescentes de representatividade da indústria, no Brasil.  O País “está
voltando a ser colônia”, com a predominância de commodities,na exportação e
importação de produtos industrializados, comparou. Citou o caso do algodão
em que lideramos na produção mundial e ao mesmo tempo vemos quase
desaparecerem as fábricas brasileiras de têxteis.
O diretor regional da Abimaq,Mathias Elter, disse que o Rio
Grande do Sul será um dos mais prejudicados, pela proximidade, com a
tendência de empresas brasileiras procurarem vantagens competitivas ao se
instalarem em países do Mercosul. Citou como exemplo as máquinas agrícolas e
outras empresas que utilizam aço, que se forem para o exterior, recebem a
matéria-prima das siderúrgicas brasileiras, com custo 35% menor pela isenção
na exportação e ainda podem vender ao Brasil com benefícios alfandegários e
um prêmio de 14% do chamado “reintegro”, se for na Argentina.
          Aubert Neto criticou o governo pela “falta de vontade” em
proteger mais a indústria nacional e diminuir o chamado custo Brasil. “Temos
um custo de produção maior que a Alemanha e um industrial alemão paga o
mesmo que um brasileiro na conta de energia elétrica, a mais cara do mundo”,
acentuou. (Todt Comunicação). Foto: Todt
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