As liberações de recursos do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) para a Região Sul do país devem, neste ano, superar a meta orçamentária. A estimativa é do vice-presidente e diretor de Planejamento do BRDE, Carlos Henrique Horn. Presente no Tá na Mesa da Federasul desta quarta-feira (22/06), o executivo, acompanhado do diretor Administrativo da instituição financeira, José Hermeto Hoffmann, falou sobre o tema “BRDE 50 anos - Promovendo o desenvolvimento da Região Sul do Brasil” e entregou uma homenagem ao presidente da entidade, José Paulo Dornelles Cairoli. De acordo com Horn, as liberações de recursos devem alcançar R$ 1,7 bilhão para os três estados. O Rio Grande do Sul, por sua vez, deve receber até R$ 600 milhões, apresentando um crescimento próximo a 40% em relação ao ano passado, “o que não é pouco, se observarmos que a taxa de crescimento do produto não acelerou”, acrescentou. A expectativa cresce dada a recente estrutura de desenvolvimento formada no Estado, com a entrada do BRDE para a Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SPDI).Vale lembrar que a carteira de crédito do BRDE fechou 2010 em R$ 6,4 bilhões, dos quais 30,4% destinados à agropecuária. Na indústria, que responde por 33,5% do montante, o segmento de alimentos e bebidas tem uma fatia de 20,3%. “Talvez o segmento de infraestrutura e o setor de energia venham a crescer", observou. Atualmente, o BRDE possui mais de 35 mil clientes ativos e atua em cerca de 1,2 mil municípios dos três estados da Região Sul, apesar de contar com agências apenas nas Capitais.Segundo ele, o desafio é preparar a “casa para o futuro” e completar o Planejamento Estratégico 2011/2015, que deve estar concluído em julho. Além disso, o BRDE está investindo na modernização dos processos operacionais e dos controles, para garantir maior eficiência. O Banco pretende seguir ofertando crédito de longo prazo, mas com uma abrangência maior, que atinja a todos os setores, e objetiva participar ativamente da formulação de programas de desenvolvimento, explorando todas as possibilidades do sistema do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). História - Há 50 anos, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná consideravam-se prejudicados quando os créditos do BNDES, criado por Getúlio Vargas em 1952, eram direcionados preferencialmente para a Região Sudeste. Foi assim que, em 15 de junho de 1961, na presença do então vice-presidente, João Goulart, os governadores do Sul assinaram o convênio que criava o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), como instância política, e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), seu braço financeiro. Fonte: (Imprensa Federasul). Foto: Ivan de Andrade
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