O presidente da LBR lácteos Brasil, Wilson Zanatta, foi o palestrante do Tá na Mesa desta quarta-feirar na Federasul. Em função do inverno rigoroso, ele informou que isso comprometeu o plano de muitos produtores. Com isso a produção de leite, no Sul, foi de 15 a 20% menos. Zanatta observou que nos próximos 10 anos, a demanda de alimentos no mundo deverá apresentar um crescimento de 20%. Com isso, o agronegócio brasileiro deverá estar preparado para acompanhar este mercado. Informou que o consumo percapita do brasileiro é de 160 litros de leite/ano. Já na Argentina e no Uruguai, o consumo percapita é de 220 livros/ano. Já a LDR é formada por 15 empresas espalhadas no Sul e no País e 6,2 mil colaboradores. Disse também, que a fusão não é fácil. - Levar para a mesa de reuniões pensamentos e culturas diferentes. O dirigente disse que o plano é elevar para 300 litros/dia a produção de produtores de leite - que é o mínimo para uma família sobreviver. Através do Plano 300, um técnico será responsável pela visita de propriedades rurais, uma vez por semana. A meta é atingir 4 mil produtores, em quatro anos, pensando na qualidade do leite: gordura, proteína, contagem bacteriana e CCS (Contagem celular somática). Zanatta explica que o Plano 300 iniciou há quatro meses. Também, está nas pretensões da LBR, uma fábrica de laticínios no Uruguai. O terreno já foi comprado e está em processo de aprovação ambiental na Dinama do Uruguai. Informou que o Brasil tem o segundo maior rebanho do mundo, porém, com a segunda pior produtividade, com 1.700 litros/vaca/ano. Já o Japão é o 12o. maior rebanho, mas com a segunda melhor produtividade de 9.300 litros/vaca/ano. Atualmente, a LBR conta com 56 mil produtores no país e está em torno de 100 litros/dia. Os clientes ativos são em 25 mil, mas a meta é aumentar este número, salienta Zanatta. O empresário disse ainda que o agronegócio está muito incipiente ainda. Hoje, a soja é moeda. O leite está atrasado, mas vai chegar lá, completa Wilson Zanatta. (Valéria Reis) Foto: Rosi Boni
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