Indígenas protestam no Chile contra genocídio promovido desde chegada de Cristóvão Colombo

Brasília – O Chile viveu ontem (10) um dia de manifestações lideradas por cerca de 10 mil pessoas comandadas pela etnia indígena Mapuche. O protesto acabou com a prisão de 18 pessoas. Os confrontos ocorreram em várias ruas de Santiago, a capital chilena, onde manifestantes entraram em choque com a polícia que usou canhões de água e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.
A manifestação foi organizada pela etnia Mapuche, que representa 6% dos 17 milhões de chilenos que vivem no Sul do país. Isolina Paillal, líder do movimento, disse que o protesto foi organizado para marcar a chegada de Cristóvão Colombo, no século 15. Segundo ela, a data deve ser lembrada como o "início do genocídio dos povos indígenas das Américas".
A prefeita de Santiago, Cecilia Perez, elogiou o caráter pacífico da manifestação. Segundo ela, a exceção foi apenas um grupo de manifestantes que entrou em choque com os policiais. O movimento de ontem foi o oposto de outros protestos ocorridos no país nos últimos meses.
Há cerca de cinco meses, estudantes lideram manifestações no Chile em defesa de reformas na educação. Os protestos ganharam o apoio de várias categorias profissionais, inclusive dos professores e de reitores de universidades. O governo do presidente chilen, Sebastián Piñera, promete buscar uma solução para o impasse. ABr
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