O deputado Henrique Fontana disse hoje em Porto Alegre que o financiamento público põe fim ao processo de corrupção entre políticos e empresas privadas, que acabam financiando determinados candidatos visando interesses da iniciativa privada, em detrimento do público. Fontana observou ainda que na questão da
Reforma Política, temos uma política estrutural no país feita sob medida para colocar a política sob permanente suspeição. Há uma mistura no interesse legítmo. - Os negócios e o público e o privado desempenham o público e o permanente. Temos um sistema hoje que não tem um teto de gastos. Isso é inacreditável! Um campanha pode custar R$ 5 milhões, enquanto outra pode custar R$ 400 mil-, observa. O deputado informa que o custo das campanhas custou 890%. A última campanha custou R$ 4,9 bilhões. Se essa regra continuar nesse ritmo, como um representante de setores populares vai poder ter acesso à democracia? , questiona o parlamentar. Fontana disse ainda que esse fenômeno tem sido gerado por multíplos fatores. - A corrupção está na sociedade e atinge a politica e as empresas. É preciso mecanismos mais potentes para o sistema de financiamento eleitoral -, disse acrescentando que a reforma política é a mãe de todas as políticas. O deputado salientou ainda que tem um esporte nacional que é falar mal da política. - É preciso aproximar a sociedade do Parlamento. A sociedade pode apoiar a tramitação de projetos pela via digital. Ou seja, uma pessoa, em sua casa, entra no computador, gosta de determinada ideia e coloca ali a sua assinatura e número do documento. Se ultrapassar 500 mil assinaturas, o projeto passará a ter urgência constitucional. - O pior dos mundos será dizer que o Brasil vai ficar com o sistema político atual. O sistema privado de financiamento deu lugar para o dinheiro do crime organizado e do narcotráfico. Esse dinheiro poderá entrar na política. A política cada vez mais no Brasil é uma disputa financeira. Vou lutar até o último minuto para votar essar reforma -, foi taxativo o deputado Henrique Fontana (Valéria Reis). Foto: Reprodução/EI
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Jornalista Valéria Reis
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