Minhas informações sobre Cesare Battisti
Desde que Cesare Batistti foi preso e entregue às autoridades brasileiras, li muita informação desencontrada e resolvi apurar um pouco sobre o assunto. Descobri que no Brasil, um estrangeiro leva em média 45 dias para obter uma autorização para viver e trabalhar no país pelo tempo que este quiser, considerando o fato que tenha uma ficha limpa e com toda a documentação em ordem. Já no caso Battisti, o governo levou só 13 dias para conceder ao italiano autorização definitiva para viver no Brasil. No caso do terrorista italiano, sabe-se que ele foi condenado à prisão perpétua na Itália, pelo assassinato de quatro homens na década de 70. Ele teria fugido para a França nos anos 80 e viveu lá até que Jacques Chirac fosse eleito. Na época, Battisti foi entregue para a polícia brasileira. Já em 2004, usando um passaporte falso, o italiano viveu três belos anos no Brasil, sem que ninguém soubesse de nada. Ele foi preso em 2007 e permaneceu na Penitenciária de Papuda, quando foi solto quase no final de 2011, por ordem do STF, junto com a decisão do ex-presidente Lula, decidiram não extraditá-lo para sua terra natal, como é o objetivo e a vontade da Itália, de que Battisti volte para aquele país. Há pouco tempo, o Ministério do Trabalho concedeu autorização para que Cesare se estabeleça no Brasil. O referido processo durou só 13 dias. Depois de 30 anos de fugas, Battisti tem hoje todos os direitos de cidadão brasileiro, até com direito a carteira assinada e aposentadoria. Em 2009, o então ministro da Justiça Tarso Genro concedeu refúgio político ao italiano. Como ele não tinha documentos provando que entrou legalmente no Brasil, o Conselho Nacional de Imigração, que teria analisado seu pedido de permanência, decidiu pular a exigência, como na época publicaram revistas e jornais do centro do país. Battisti poderá até receber o Bolsa Família, se sua vida financeira andar mal. Poderá se aposentar conforme os moldes brasileiros. No príncipio, Battisti morou um tempo na casa de um amigo. No início deste ano, circulou tranquilo nos salões de Porto Alegre e nas sedes do Fórum Social Temático. Até lançou livro na capital gaúcha e comentou que faz muito calor em Porto Alegre. Hoje, sabe-se que mora no Rio de Janeiro e que trabalha numa livraria. No ano passado, surgiram rumores de que o gringo trabalharia no gabinete de um senador. Numa das palestras do Fórum Social Temático, em janeiro último, questionado sobre o caso Battisti, o governador Tarso Genro informou que leu e releu página por página o processo. E, segundo ele, não há provas de que ele tenha cometido qualquer assassinato. Consta no processso, apenas uma delação premiada de um chefe do italiano. Segundo o político, em qualquer país do mundo, ele seria absolvido. Tarso Genro é advogado e foi por muito tempo advogado do Sindicato dos Bancários, no início de sua carreira. Ele informou ainda que Battisti foi acolhido 11 anos pelo estado francês como refugiado político. Situação essa que mudou quando se elege Chirac e teria mandado o italiano passear. Na época, foi feita a entrega do refugiado para a polícia brasileira. Agora, Battisti teria pedido ao governo italiano um novo julgamento, para que ele consiga provar sua inocência. Bom, para não me estender muito no tema, qualquer pessoa que entenda um pouco da política, sabe que qualquer país jamais entregaria o então prisioneiro para um governo corrupto, a exemplo de governos anteriores. Você entregaria um refugiado político ou terrorista para um governo corrupto? (VR)
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