Feira do Peixe bate recorde e comercializa 286 toneladas

A 232ª Feira do Peixe, realizada no Largo Glênio Peres, superou o volume comercializado em 2011. Durante os quatro dias, foram vendidas 286 toneladas. Do total, 11 toneladas das vendas foram de peixe vivo.

Promovido pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), o evento começou na terça-feira, 3, e as 65 bancas ficaram abertas 24 horas, até o meio-dia da Sexta-Feira Santa. Cinquenta e seis pescadores e piscicultores venderam seus produtos diretamente ao consumidor.
Restinga – Na Zona Sul, a Feira do Peixe foi realizada na Esplanada da Restinga. Em três dias, foram comercializadas 15 toneladas de pescados e duas toneladas de peixe vivo. Além das seis bancas que venderam a tradicional carne consumida na Sexta-Feira Santa, os visitantes conferiram outros 13 estandes com produtos locais (sete de artesanato, uma de vinho e sucos de uva, uma de hortaliças e frutas e quatro de alimentação).
Extremo-sul - Neste ano, a prefeitura também realizou a 1ª Feira do Peixe do Extremo-sul, na Praça Central de Belém Novo. Durante o evento, o público contou com dez bancas de comércio (uma de peixe, uma de vinhos e sucos de uva, uma de hortaliças, uma de gastronomia e seis de artesanatos produzidos na região). Foi comercializada uma tonelada de pescado.

Estiagem – Neste ano, os pescadores reivindicaram uma diminuição no valor do aluguel das bancas devido à seca que o Rio Grande do Sul enfrenta desde a primavera. A Smic atendeu o pedido da Colônia Z-5 de Pescadores, e os aluguéis foram reduzidos em 50%. De acordo com o vice-presidente da Colônia, Gilmar da Silva Coelho, com o custo menor e o aumento das vendas, as famílias que vivem da pesca tiveram um incremento de cerca de 20% na renda, e isso reduziu um pouco os prejuízos com a estiagem.

Ainda sobre a seca, o coordenador da Feira do Peixe, Cláudio Roberto Nilson, disse que o crescimento nas vendas mostra que os pescadores e piscicultores estavam preparados. Segundo ele, o maior impacto ocorre nos rios, onde a safra de pescados costuma ser menor em períodos de estiagem. Mas essa redução na oferta é compensada pela produção em açudes e lagoas e também com peixes de água salgada. “O consumidor que procura traíra e não encontra acaba substituindo por uma espécie de lagoa ou mar”, afirmou Nilson.

Investimentos – A prefeitura investiu R$ 120 mil na infraestrutura montada na colônia de pescadores, no Largo Glênio Peres e na Restinga. Além disso, durante a Feira do Peixe, o prefeito José Fortunati reforçou o compromisso de estimular o desenvolvimento da piscicultura, que gera emprego e renda para as comunidades das Ilhas e da Zona Sul. "Vamos continuar impulsionando essa atividade econômica que é histórica em Porto Alegre. Além das medidas de apoio direto do município aos pescadores, a própria recuperação da balneabilidade do Guaíba, por meio do Projeto Integrado Socioambiental (Pisa), contribuirá para a piscicultura", destacou o prefeito.

Os pescadores apostam na despoluição do Arroio Dilúvio e na recuperação do Guaíba como promessa de aumento da renda no futuro. “As águas limpas auxiliam na reprodução e, em longo prazo, isso deve aumentar a quantidade de peixes no Guaíba”, disse Gilmar da Silva Coelho.
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