Pesquisa revela informações sobre população em situação de rua

A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) detectou 1.347 pessoas em situação de rua na capital gaúcha. O levantamento, realizado entre os dias 13 e 21 de dezembro, traz informações que servirão de subsídio à execução de ações e políticas intersetoriais de atendimento a esse público. A pesquisa foi divulgada pela Fasc na manhã desta segunda-feira, 9.
De acordo com o trabalho, os nascidos em Porto Alegre constituem metade (49,95) do total, e um terço veio do interior do estado. Além disso, percebe-se um fluxo migratório bastante significativo entre essa população. Metade veio de outras cidades e a maior parte do Interior gaúcho. Mudança importante também se verifica na distribuição territorial, diminuindo a permanência em praças e parques e aumentando, quase na mesma proporção, a permanência na perambulância pelas ruas. Ainda permanece forte a concentração no Centro Histórico e arredores.
Em relação ao contexto social onde se encontrava o entrevistado no momento da pesquisa, pode-se afirmar que as respostas mais frequentes mostram que os entrevistados estavam “com outros adultos em situação de rua” (48,9%) e “sozinho/isolado” (46,3%), o que pode indicar um cotidiano de convivência com o grupo de pares e/ou situação de isolamento. O Censo da População Adulta em Situação de Rua foi realizado entre os dias 13 e 21 de dezembro de 2011.
Saúde da população de rua – O estudo indicou alta presença de doenças ou problemas de saúde. As duas opções mais citadas (dependência química-álcool e doenças - problemas nos dentes) foram informadas por praticamente metade da população pesquisada (49,6%), tendo um acréscimo de cerca de 10% de população que informou tais opções em relação à pesquisa de 2007 (Ufrgs, 2008). A terceira opção mais citada (doença mental - psiquiátrica - psicológica - depressão - dos nervos - da cabeça). com 33,1%, também acresceu seu percentual. Quanto ao crack, 12,8% disse usá-lo diariamente, e 15% “de vez em quando”.
Metodologia - Foi utilizada uma metodologia de pesquisa que contou com a interação entre profissionais e técnicos da Fasc, consultores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação dos cursos de ciências sociais, mestrado e doutorado em antropologia da Ufrgs, estagiários da Fasc provenientes dos cursos de Ciências Sociais, Psicologia e Serviço Social de variadas universidades. Além da equipe diretamente envolvida no estudo, houve a participação indireta de profissionais dos Centros de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) da Fasc, que realizam, desde 2011, a abordagem social de rua.

Íntegra da matéria: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/default.php?p_noticia=150971&PESQUISA+REVELA+INFORMACOES+SOBRE+POPULACAO+EM+SITUACAO+DE+RUA
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