Senado cassa mandato de Demóstenes Torres
Brasília – Por 56 votos a 19, o Senado aprovou a cassação do mandato do
senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Ele é acusado de usar o mandato a
favor do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos
Cachoeira. Dos 81 senadores, 80 votaram. A sessão foi aberta, porém a votação,
secreta. Ao defender a cassação do senador, o relator do processo no Conselho de
Ética, Humberto Costa (PT-PE), enfatizou que Demóstenes mentiu em plenário para
esconder sua relação com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o
Carlinhos Cachoeira. Segundo Humberto Costa, além de participar da organização
criminosa, Demóstenes atuou para proteger Cachoeira das investigações que
estavam sendo feitas pela Polícia Federal. Após o discurso dos relatores no processo de cassação, começou a discussão do
pedido. Os cinco senadores que pediram a palavra apoiaram a cassação do mandato
de Demóstenes e todos defenderam o fim da votação secreta. Na semana passada, o
Senado aprovoução da proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a votação secreta. A proposta
precisa agora ser apreciada pela Câmara. Até o dia de hoje, o único senador cassado pelos colegas foi Luiz Estevão, do
Distrito Federal, em 2000. Ele foi acusado de envolvimento no desvio de verbas
públicas na construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São
Paulo. Em 2007, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) chegou a ser julgado, mas foi
absolvido. ABr/ABr
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