Horas antes de ser condenado por corrupção passiva pela maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-deputado Roberto Jefferson anunciou ontem que se licenciará por seis meses da presidência do PTB, por motivos de saúde. Ele luta contra um câncer descoberto no mês passado e iniciará agora uma nova batalha para tentar manter o controle político do partido.
O petebista sinalizou que renunciaria se fosse condenado, mas não quer anunciar uma decisão antes de saber a que pena será submetido. Com o afastamento provisório, ele ganha tempo para costurar sua sucessão ou até a permanência no posto. Segundo aliados, ele deve tentar manter a cadeira caso receba o benefício do perdão judicial, hipótese levantada ontem pelo ministro Luiz Fux.
Ele já fez isso em 2005, quando se afastou durante a crise do mensalão para retomar o cargo no ano seguinte.
Se a permanência for impossível, Jefferson prefere passar o posto ao também ex-deputado Benito Gama, que é o primeiro vice-presidente da sigla e assumiu seu lugar ontem em caráter provisório.
No entanto, a solução não agrada ao senador Gim Argello (DF) e ao deputado estadual Campos Machado (SP), que têm planos de assumir a presidência do partido.
Com 21 deputados e seis senadores, o PTB está alinhado ao governo Dilma Rousseff no Congresso, mas não tem nenhum ministério. A possibilidade de ascensão de Argello é vista pelo Planalto como atalho para uma adesão definitiva da legenda. (Folha)
- Blogger Comment
- Facebook Comment
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
0 comentários:
Postar um comentário