O advogado de Vinícius, Maurício de Oliveira Campos Júnior, entregou ontem memorial ao STF em que alega uma participação subalterna de seu cliente no Banco Rural. Ele pediu penas mínimas para os crimes de gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro e disse esperar a absolvição por formação de quadrilha, diante do quadro de empate configurado na sessão de ontem.
O advogado citou trechos dos votos da ministra Rosa Weber e do relator, ministro Joaquim Barbosa, para pedir a pena mínima. Ele ressaltou a "participação de menor importância" e a "responsabilidade menor" do executivo, mencionadas pelos ministros. O advogado apelou também para um histórico familiar de Vinícius: "É primário, portador de bons antecedentes, trabalhador, bom pai e chefe de família."
A estratégia da defesa dos réus condenados, agora, é tentar diminuir as penas a serem aplicadas. A pena para gestão fraudulenta varia de três a 12 anos. Para lavagem de dinheiro, de três a 10 anos. O executivo do Rural, portanto, pode ir para a cadeia. Se a pena superar os oito anos, o cumprimento é em regime fechado.
Na época do funcionamento do valerioduto, Vinícius era diretor de Controles Internos e Compliance do Banco Rural. Foi essencial para viabilizar o esquema, segundo a denúncia aceita pela maioria dos ministros do STF. O executivo não fez nada para impedir a realização dos empréstimos fraudulentos, conforme a acusação. Tanto para gestão fraudulenta quanto para lavagem de dinheiro, o placar no plenário do STF foi de oito votos pela condenação contra dois votos pela absolvição. (O Globo)
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