O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República,
Marco Aurélio Garcia, esteve em Havana, capital de Cuba, para acompanhar o
tratamento do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Garcia passou apenas um dia
na cidade, conversou com autoridades venezuelanas e cubanas e, em seguida,
retornou para o México, onde está de férias. A expectativa é que na
segunda-feira (7) Garcia retorne ao trabalho em Brasília.
Durante a visita, Garcia telefonou para o ministro das Relações Exteriores,
Antonio Patriota, para relatar o conteúdo de suas conversas. O assessor especial
é um dos mais próximos do governo brasileiro de Chávez e do presidente interino
da Venezuela, Nicolás Maduro. Garcia foi o primeiro enviado do Brasil a Cuba
após o agravamento do estado de saúde de Chávez.
Há cerca de um mês Chávez está hospitalizado em Havana para tratamento de
combate ao câncer. No último dia 11, foi submetido a uma cirurgia para a
retirada de um tumor maligno na região pélvica. Em 18 meses, foram quatro
cirurgias. O presidente venezuelano não é visto em público desde o começo de
dezembro.
Ontem (3) ministro da Comunicação e Informação da Venezuela, Ernesto
Villegas, ocupou cadeia nacional de rádio e televisão para ler um comunicado, no
qual informou sobre a insuficiência respiratória grave identificada em Chávez.
Durante a cirurgia, o presidente sofreu uma hemorragia e depois teve
complicações respiratórias.
Nos últimos dias, aumentaram os rumores sobre o agravamento do estado de
saúde do presidente venezuelano. As filhas e o irmão Adám Chávez estão em Havana
para acompanhar o tratamento. Ontem Maduro esteve em Havana e, ao retornar para
a Venezuela, pediu apoio da população e criticou o que chamou de “guerra
piscológica” o uso dos rumores sobre o estado de saúde do presidente. ABr
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