A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta
quarta-feira, em pronunciamento, que a conta de luz cairá mais do que o
prometido em setembro passado, com a redução para residências de 18,5
por cento na média, disse à Reuters uma fonte do governo a par do
assunto.
Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, a
tarifa de energia para a indústria cairá de 32 a 34 por cento.
A diminuição do custo da energia será possível com a
renovação antecipada e onerosa de concessões elétricas que venceriam de
2015 a 2017 e pela redução ou fim de encargos sobre o setor.
Além de ampliar a competitividade da indústria nacional
e estimular a economia, o corte maior na conta de luz dará um alívio à
inflação --que se encontra sob pressão.
Inicialmente, o governo pretendia garantir uma redução
da conta de luz de cerca de 16 por cento para residências e de até 28
por cento para indústrias.
Segundo a fonte, o Tesouro Nacional arcará com os
custos implícitos na redução maior da tarifa de energia, com aporte
superior a 8 bilhões de reais, contra 3,3 bilhões de reais previstos
inicialmente.
As novas tarifas das distribuidoras, já com os
descontos, serão votadas na quinta-feira, a partir das 10h, pela
diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em processo
de revisão tarifária extraordinária. Os descontos entrarão em vigor em 5
de fevereiro.
A resistência de algumas empresas elétricas em renovar
as concessões nos moldes definidos pelo governo, que exigiu redução de
cerca de 70 por cento da receita que as companhias tinham com os ativos
já amortizados, levantou temores de que Dilma pudesse não entregar o
corte de luz como prometido.
As companhias estaduais Cesp, Cemig e Copel optaram por
não renovar suas concessões de geração, ficando com os ativos nas
condições atuais até o vencimento dos contratos. (Reuters)
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