As incertezas causadas pelos rurmores sobre o agravamento do estado de saúde do
presidente da Venezuela, Hugo Chávez, internado há quase um mês em Cuba para
tratamento de combate ao câncer, levaram o governo venezuelano a promover uma
campanha para tranquilizar a população. Chávez não aparece em público desde o
começo do mês passado.
Nos canais oficiais, há informações negando que as filhas de Chávez mantenham
contas na rede social Twitter, assim como o presidente interino, Nicolás Maduro.
As autoridades venezuelanas tentam tranquilizar a população e acusam a oposição
de estimular o clima de incerteza no país.
Ao ocupar ontem (3) a cadeia nacional de rádio e televisão, o ministro das
Comunicação e Informação da Venezuela, Ernesto Villegas, disse que há uma
“guerra psicológica” no país com o objetivo de “desestabilizar” a região.
Villegas leu um comunicado oficial.
“O governo da República Bolivariana da Venezuela adverte ao povo venezuelano
sobre a guerra psicológica que é organizada pelas midias transnacionais sobre o
estado de saúde do chefe de Estado com o objetivo de desestabilizar a República
Venezuela, ignorando a vontade
popular expressa na eleição presidencial de 7
de outubro”, diz o texto.
Paralelamente, a oposição a Chávez cobra mais informações sobre o estado
geral de saúde do presidente. Maduro, que esteve em Havana e retornou na tarde
de ontem para a Venezuela, responsabilizou o líder da oposição, Ramón Aveledo
(Mesa da Unidade Democrática) de estimular os rumores sobre o agravamento do
estado de saúde de Chávez.
Em 18 meses, Chávez foi submetido a quatro cirurgias. Inicialmente, ele
chegou a anunciar que estava curado. Mas, no começo do mês passado, o presidente
apareceu em público informando que faria uma cirurgia de urgência para retirar
um tumor maligno na região pélvica. Na ocasião, ele pediu que a população apoie
o governo de Maduro.
A cerimônia de posse de Chávez, reeleito em outubro para mais um mandato,
está marcada para o dia 10. Pela Constituição, se ele não assumir, o poder
ficará interinamente com o presidente da Assembleia Nacional (Parlamento),
Diosdato Cabello, e devem ser convocadas novas eleições em até 30 dias. ABr
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