O ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho,
minimizou hoje (7) a suspensão das importações de carne bovina brasileira por
dez países e disse que é “só questão de tempo” até as negociações serem
finalizadas e os produtos liberados.
“Tenho esse assunto como resolvido. Temos conversado com país por país, mas
temos procedimentos externos que precisam ser respeitados. Nós estamos fazendo
contatos internacionais definitivos. O Brasil vai cumprir todo o mandamento que
precisa ser cumprido e vai defender o que lhe pertence”, garantiu.
Mesmo sem dizer abertamente, Mendes Filho destacou a defesa do mercado
interno como principal fator dos embargos à carne brasileira. “É uma ação que
países adotam como defesa, para público interno, depois fazem levantamento,
comprovam que o Brasil está embasado e fazem a liberação. É só uma questão de
tempo, é o jogo”, comentou.
Nesse sentido, o ministro ressaltou que o prejuízo do mercado brasileiro é
inferior aos ganhos dos países que proibiram a entrada da carne brasileira. “Não
quero dizer se é isso ou aquilo, quero apenas dizer que eu acredito na defesa
brasileira e que nós vamos fazer com que o assunto seja totalmente esclarecido a
todo o mercado”, garantiu.
O embargo começou há cerca de um mês, quando foi confirmado um caso de doença
conhecida como mal da vaca louca ocorrido no Paraná, em 2010, mas divulgado
apenas em dezembro passado. Desde então, a importação de carne brasileira foi
proibida na Arábia Saudita, Japão, China, África do Sul, Taiwan, Coreia do Sul,
Jordânia, Líbano, Chile e Peru.
Especialistas avaliaram que o consumo de carne bovina brasileira é de risco desprezível.
De acordo com eles, a proibição do uso de rações de origem animal na alimentação
dos bovinos brasileiros e o fato de não haver relato de novas suspeitas do mal
da vaca louca desde a morte do animal no Paraná são fatores de segurança para o
consumidor. ABr
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