O PMDB deverá se consolidar no comando do Legislativo com a eleição do
deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a presidência da Câmara
na sessão do plenário que começou há pouco. O presidente da Câmara,
Marco Maia (PT-RS), abriu a sessão com uma homenagem às vítimas do
incêndio na boate em Santa Maria (RS) e está fazendo um balanço de sua
gestão nesses dois anos. Confirmada a vitória de Henrique Alves, o PMDB
terá sob o seu comando os três postos da cadeia hierárquica de sucessão
da presidente Dilma Rousseff. Pela ordem, a vice-presidência, com Michel
Temer, a presidência da Câmara e a presidência do Senado, com Renan
Calheiros (PMDB-AL).
Com o apoio do governo, Henrique Alves, 64 anos,
chega ao plenário como candidato favorito na disputa. Alves,
concretizada a vitória, terá pela frente a tarefa interna de administrar
os interesses da bancada do PMDB. Parlamentares peemedebistas nutrem a
expectativa de ter suas reivindicações atendidas com a chegada ao poder
de Henrique Alves. Nessa lista estão cargos no governo, atendimento de
seus pleitos nos ministérios, como a liberação de recursos para obras
nos municípios que foram incluídos no Orçamento por meio de emendas
parlamentares.
Há uma insatisfação represada entre deputados peemedebistas e uma
constante disputa com o PT. Durante os dois primeiros anos de mandato da
presidente e com a Câmara comandada pelo PT, o deputado Marco Maia
(PT-RS), deputados peemedebistas reclamavam de pouco espaço em
comparação do PT, tanto no Executivo quanto nas funções principais do
Legislativo. A expectativa deles agora é "recuperar o tempo perdido".
A presidente Dilma Rousseff terá de contar ainda mais com o PMDB
nestes dois próximos anos. Até agora, ela tem conseguido manter as suas
duas frentes de atuação prioritárias no Congresso: impedir a votação de
propostas que signifiquem aumento de despesa e garantir a aprovação das
medidas de combate à crise, consideradas essenciais à sua gestão.
Também concorrem à presidência da Câmara os deputados Júlio Delgado
(PSB-PE) e Chico Alencar (PSOL-RJ) e a deputada Rose de Freitas
(PMDB-ES). O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), fez
campanha nos bastidores por Delgado. Dezenove cabines de votação foram
colocadas no plenário. A votação secreta é por meio de urna eletrônica.
Ao chegar à Câmara, o presidente Marco Maia (PT-RS), estimou que a
sessão para a eleição da Mesa dure em torno de três horas.AE
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