Representantes da cadeia produtiva do arroz pediram hoje (19) ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a fixação de
cotas para a compra do produto no Mercosul, especialmente na época da
safra brasileira, para evitar rebaixamento no preço interno.
O secretário de Política Agrícola do ministério, Neri Geller, vai
discutir o assunto nesta tarde com a equipe técnica da pasta. Ele disse
em entrevista que o objetivo do governo é proteger o produtor, "mas
temos que levar em conta a garantia de abastecimento para a indústria e
para o consumidor final".
Ainda segundo Geller, é preciso buscar equilíbrio, "porque não
adianta travar a entrada [de estoques de arroz] e deixar faltar no
mercado interno". Ele disse que o arroz está com valor acima do preço
mínimo assegurado aos produtores, por isso não está havendo necessidade
de o governo entrar no mercado com parcelas do estoque regulador, o que é
feito para regular o preço e garantir o abastecimento.
O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande
do Sul (Federarroz), Renato Rocha, defendeu a fixação de cotas para
importação do arroz da Argentina e do Uruguai, alegando que essas
compras provocam baixas no preço interno, principalmente em épocas de
fechamento de contratos de compra.
O custo da produção brasileira é muito alto porque, segundo ele, os
insumos para a cadeia produtiva "são 40% mais baratos" nos países
vizinhos. Ele ressalta que "não é apenas o produtor que fica prejudicado
quando as compras são excessivas, mas toda a cadeia produtiva". Rocha
disse que os rizicultores são a favor do livre comércio, mas precisam de
proteção contra a concorrência externa.
O assunto foi discutido hoje, durante reunião da Câmara Setorial da
Cadeia Produtiva do Arroz, no Ministério da Agricultura. O secretário
Neri Geller estima que o consumo interno anual de arroz no país se situe
em torno de 12 milhões de toneladas, sendo importadas desse total cerca
de 800 mil toneladas. ABr
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