O presidente da Bolívia, Evo Morales, reiterou a intenção de
processar, na Corte Internacional de Haia, o governo do Chile na disputa
para obter uma saída para o mar. Morales disse que ainda aguarda a
possibilidade de diálogo com os líderes chilenos, mas a experiência tem
mostrado a impossobilidade de avanços. O boliviano criticou os últimos
presidentes chilenos Sebastián Piñera, cujo mandato está terminando, e a
antecessora Michelle Bachelet.
A disputa entre chilenos e bolivianos por uma área que dá acesso
soberano ao mar foi intensificada no século 19 com a chamada Guerra do
Pacífico. Na ocasião, a Bolívia perdeu cerca de 400 quilômetros de
litoral e 120 quilômetros quadrados de território para o Chile, na
disputa que também envolveu o Peru.
Nas críticas aos governantes chilenos, Morales incluiu a
ex-presidenta Michelle Bachelet (2006-2010), que concorre, mais uma vez,
à Presidência da República. Bachelet, segundo pesquisas de intenção de
voto, tem chance de vencer as eleições em dezembro.
"Lembro-me de algumas reuniões privadas com a presidenta Bachelet.
Ela [Bachelet] me convidava para reuniões privadas, mas havia alguma
proposta? Havia almoço e café da manhã, nada mais. Estou à espera de uma
proposta concreta para fazer progressos”, contou Morales.
Nas negociações entre Morales e Bachelet, foi articulada a Agenda
dos 13 Pontos, na qual foi incluída a reivindicação da Bolívia por sua
própria saída para o mar. Segundo o governo boliviano, as relações com o
atual presidente do Chile, Sebastián Piñera, não evoluíram. ABI/ABr
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