A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira
que o Brasil não sofre mais tão fortemente os efeitos das turbulências
externas como no passado e reforçou seu compromisso de aumentar a
competitividade do país.
"O Brasil vem mudando, vem mudando porque nós
aumentamos as oportunidades de trabalho e reduzimos o desemprego, porque
nós demos uma correção correta para o salário mínimo", disse a
presidente em João Pessoa, após entregar unidades do programa Minha
Casa, Minha Vida e retroescavadeiras a municípios da Paraíba.
"O Brasil vem mudando porque quando há uma crise lá fora, um espirro, o Brasil não pega pneumonia", acrescentou.
No ano passado, o governo adotou uma série de medidas
de estímulo à economia para fazer frente à crise econômica
internacional. Mas apesar do esforço, e ainda que o nível de desemprego
esteja em patamares recordes de baixa, o Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro cresceu apenas 0,9 por cento, segundo dados divulgados pelo
IBGE na sexta-feira.
Repetindo promessas feitas na semana passada, durante
reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, a presidente
disse que seu governo atacará os problemas que afetam a competitividade
do Brasil, e citou especificamente a situação de portos e aeroportos.
Recentemente o governo iniciou um programa de concessão
de aeroportos e está em tramitação no Congresso uma medida provisória,
considerada prioritária pelo Palácio do Planalto, para reformar a
regulamentação dos portos no país.
Dilma também disse em João Pessoa que seu governo "não
descansará" enquanto todos os brasileiros tiverem acesso a uma moradia
digna e que, se necessário, novas unidades serão contratadas por meio do
programa Minha Casa, Minha Vida.
A presidente reiterou o pedido aos prefeitos para que
auxiliem na busca de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza e que
estão fora dos cadastros oficiais.
Dilma aproveitou ainda para novamente comemorar o que
chama a de "eliminação da miséria visível", que é garantir que todos os
pobres extremos que estavam no cadastro do governo recebem os recursos
do Bolsa Família. (Reuters)
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