A disputa do PTB e do PR por uma cadeira na Esplanada dos Ministérios
está cada vez mais acirrada. Apesar da pressa dos partidos, a
presidente Dilma Rousseff decidiu adiar para terça-feira a segunda etapa
da reforma ministerial, aumentando as pressões por cargos entre os
aliados.
Na lista dos cotados para ocupar o Ministério dos Transportes, o
senador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP) admitiu ser próximo ao deputado
Valdemar Costa Neto (PR-SP), que foi condenado pelo Supremo Tribunal
Federal no processo do mensalão e está prestes a perder o mandato.
“Sou próximo dele, sim, mas quem não é?”, perguntou Rodrigues. “Já
está definido que o Valdemar vai se afastar do partido e não é por isso
que vai deixar de ser meu amigo.” Rodrigues não vê prejuízos à sua
eventual indicação para o governo pelo fato de ser amigo de Costa Neto e
disse estar “assustado” com o que chamou de “fofocaiada” em Brasília.
O PR tem, hoje, cinco candidatos a uma vaga no primeiro escalão do
governo. Além de Rodrigues, estão na lista os deputados Jaime Martins
(MG), Aracely de Paula (MG), Luciano Castro (RR) e Ronaldo Fonseca (DF).
Presidente nacional do PR e ex-ministro dos Transportes -
defenestrado na “faxina” administrativa de 2011 -, o senador Alfredo
Nascimento (AM) esteve ontem com Dilma, acompanhado do líder do governo
no Senado, Eduardo Braga (AM). A conversa girou em torno da Zona Franca
de Manaus e da candidatura de Braga ao governo do Amazonas. Antes de
Nascimento sair, Dilma prometeu chamá-lo novamente na terça-feira para
definir o espaço do partido na equipe. AE
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