Nos seus 50 minutos no palanque do Parque de Exposições de Serra
Talhada, a presidente Dilma Rousseff citou 11 vezes o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, lembrou frases de autores populares na região e,
no final, desceu e falou com as pessoas.
Ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), que antes havia falado
por 19 minutos, ela recorreu ao improviso, listou ações do governo
federal e chamou de ineficientes os programas sociais da oposição.
“Eu vejo no rosto de cada um de vocês o rosto de um pernambucano
gigante, que deu ao povo brasileiro uma grande contribuição, que é o
companheiro Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou entre aplausos, em uma
das 11 citações do antecessor. Também comparou sua visita ao trabalho de
Lula ainda no cargo: “Estou fazendo aqui a mesma coisa que o Lula
sempre faz. Ele vinha, conversava com o Eduardo e trazia sempre obras e
benefícios”. E mais adiante: “Lula, de fato, sempre amou o Nordeste,
Pernambuco e sua Garanhuns (...) Com ele aprendi a olhar o Nordeste”.
Depois de mencionar programas como ProUni, Minha Casa, Minha Vida e
combate à miséria, ela concluiu: “Provamos que era possível mudar.
Iremos mudar ainda mais”.
Em sua fala, Campos mostrou-se mais contido ao falar de suas
realizações. Referiu-se a episódios da vida sertaneja e destacou
programas seus que beneficiaram a produção agrícola: “Protegemos as
pessoas, que é o fundamental, mas precisamos proteger a economia” - uma
referência à distribuição de ração aos rebanhos de áreas atingidas pela
seca.
Ressaltou que Pernambuco “ajudou’ Dilma a se eleger e destacou a
necessidade de “unir esforços” para atender a população: “A luta do povo
exige a capacidade de respeitar as diferenças, de muitas vezes somar os
contrários quando está em jogo a vida de pessoas”. AE
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